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Conhecimento contemporâneo sobre Deus, sobre a evolução e o significado da vida humana.
Metodologia de desenvolvimento espiritual.

 
 

O Evangelho de Felipe
com comentários

Redator da versão russa
Dr. Vladimir Antonov

Traduzido ao português
por Irene Pastana Batista




Este livro apresenta uma tradução completa e competente do Evangelho escrito pelo Apóstolo Felipe, um discípulo pessoal de Jesus o Cristo. A Tradução está acompanhada com comentários explicativos.

Em Seu Evangelho, Felipe pôs ênfase no aspecto metodológico do trabalho espiritual.

O livro está dirigido a todos aqueles que buscam a Perfeição.


* * *

O Evangelho apócrifo* do Apóstolo Felipe, um discípulo direto de Jesus o Cristo, foi encontrado por arqueólogos em 1945 no Egito. Este Evangelho contém informação muito importante impartida a Felipe por Jesus.

Trata-se das técnicas meditativas mais altas que levam ao praticante espiritual à Morada de Deus Pai, denominada por Felipe como a Câmara Nupcial. No Evangelho se entretém artisticamente duas linhas de narração: a linha do amor sexual entre as pessoas e a linha do Amor mais alto a Deus, com a particularidade de que o primeiro é considerado como o protótipo do segundo.

O Evangelho está escrito em uma linguagem artística e literária, em estilo de parábola.

Até agora, o significado profundo desta obra permaneceu inacessível para os leitores russos. As três edições anteriores foram preparadas por tradutores que não entenderam o significado do texto e que, portanto, tentaram traduzi-lo só “literalmente”. Por onde, suas traduções resultaram ser, em grande medida, uma sequencia de palavras ininteligíveis, sem relação entre si.

O trabalho dedicado à preparação desta edição foi realizado por pedido e com a colaboração pessoal do autor deste Evangelho. O protótipo desta edição são as edições [3,4]. Os comentários estão escritos em um tipo de letra diferente.


* * *

1. Um hebreu gera a outro hebreu e esta pessoa pode ser chamada prosélito. Ainda assim, um prosélito não gera a outro prosélito.

Os que vieram da Verdade são assim desde o mesmo começo. Eles engendram a outras Pessoas da Verdade. As últimas só necessitam nascer (nEla).


O prosélito é aquele que abraçou a fé.

Os Que vieram da Verdade são Aqueles Que vieram da Morada de Deus Pai. Eles são capazes de levar a Seus discípulos a esta e ajudar-lhes a “nascer” ali.


2. Um escravo somente espera ser livre. Não pode espera herdar a riqueza de seu amo. Por outro lado, o Filho não é somente um Filho, mas também é o Condutor da riqueza do Pai.


O Filho de Deus Pai, consubstancial com Ele, é o Condutor de Sua riqueza.


3. Existem aqueles que herdam o perecível. Eles mesmos pertencem ao perecível, portanto o herdam.

Aqueles Que herdam o Imperecível são imperecíveis. Eles se convertem nos donos do Imperecível e do perecível.

As pessoas perecíveis (realmente) não herdam nada. Pois que pode herdam uma pessoa perecível?

Ainda sim, se aquele que saiu do corpo herdou a Vida Verdadeira, significa que não morrerá, mas que viverá.


Quem alcançou ao Pai graças a seus esforços de auto aperfeiçoamento achará a Verdadeira Vida depois da morte de seu corpo e se converterá no Condutor do Celestial e do terreno junto com o Pai.


4. Um pagão não more em absoluto, pois nunca viveu (verdadeiramente). Portanto, não tem sentido falar de sua morte.

Por outro lado, quem aceita a Verdade começa a viver e está em perigo de morrer, pois vive.


Neste contexto, “morrer” significa desviar-se do Caminho ao Pai. É uma morte espiritual.


Desde o dia no que encarnou o Cristo, a prosperidade chegou, as cidades reviveram e a morte marchou.


Quando éramos hebreus, cada um tinha só mãe, Não obstante, desde que nos convertemos em cristãos temos ambos: o Pai e a Mãe.


Na tradução judaica Deus foi chamado Pai, e Jesus propôs a Seus seguidores usar esta palavra para referir-se só a Deus, e não ao pai terreno.

Felipe disse que desde aquele então os verdadeiros seguidores do Cristo acharam ao Pai verdadeiro.


Os que semeiam no inverno colhem no verão.

O inverno é o mundano, mas o verão é o outro eon. Semearemos no inverno na Terra para que no verão haja colheita!

Não devemos rogar a Deus pelo inverno, já que depois deste vem o verão.

Se alguém tenta, colher no inverno, não colherá, ainda que somente arranque os brotos.


Nessas regiões do sul semeiam no inverno, e não na primavera, como se faz nas regiões frias.

A palavra grega eones denota as dimensões espaciais. Entre estas estão àquelas denominadas como o inferno, o paraíso e a Morada de Deus Pai.

No inverno, quer dizer, ainda que estejamos na Terra, devemos trabalhar para estar na abundancia e o êxtase dos eons mais altos durante o verão.


8. Quem não age assim não colherá. É mais, não somente não colherá, mas que também sua força será debilitada no sábado.


Quem não trabalha para aperfeiçoar-se no transcurso de sua encarnação inteira não achará para si nenhum fruto bom depois desta.

Felipe simboliza o período assinado para tal trabalho com as imagens de um “inverno” e uma “semana laboral”, depois dos quais chega o tempo para descanso: o verão e o sábado.

(o sábado é o dia de descanso entre os judeus).


9. O Cristo veio para “redimir” a alguns, para libertá-los, salvá-los. Ele “redimiu” àqueles que eram estranhos havendo-os feito Seus.

Depois Ele apartou do resto aos Seus e que Ele “redimiu” por sua vontade.

Ele se predestinou a Si Mesmo (para o caminho do serviço abnegado) quando o quis, e não somente quando se revelou às pessoas, mas que desde o dia da Criação do Mundo, ele se predestinou.

Foi encarnado e quando o quis, se retirou. Esteve entre os bandidos e foi capturado como um prisioneiro. Libertou-se a Si Mesmo e também salvou àqueles que tinham fala de bons e maus neste mundo.


10. A luz e a escuridão, a vida e a morte, o direito e o esquerdo são irmãos um do outro. São inseparáveis (nas pessoas mundanas). Por isso entre elas os bons não são bons e os maus não são maus, e sua vida não é uma vida, e sua morte não é uma morte.

Assim que cada um deve começar por separar tudo isto dentro de si mesmo.

Em troca, aqueles que se desprenderam do mundano chegam a serem íntegros eternos.


Quem começou o Caminho espiritual deve separar dentro de si mesmo o verdadeiro, eterno e valioso para a vida nos eons mais altos do falso que pertence somente a este mundo e depois deve cultivar o primeiro e desfazer-se do segundo.

O que cumpriram isto totalmente chega a ser eternos nos eons Divinos.


11. A importância atribuída às coisas mundanas é um grande erro. Pois estas distraem os pensamentos dAquele Que é eterno (e os dirigem) até o perecível. Neste caso ainda quem escruta sobre Deus não percebe (detrás desta palavra) o Eterno, anda que pensa no perecível. “Assim mesmo detrás das palavras “o Pai”, “o Filho”, o “Espírito Santo,” “A Vida”, “a Luz”, “a Ressurreição”, e “a Igreja, as pessoas não percebem o Eterno (mediante a própria experiência espiritual). Estas palavras só enganam as pessoas mundanas

Se tais pessoas visitassem os eons (Divinos) não usariam estas palavras no meio das preocupações mundanas e as coisas. Pois estes conceitos se relacionam com os eons (Divinos).


Assim mesmo, na Rússia muitas pessoas usam a exclamação “Senhor!” como um palavrão nas mesmas situações quando outras pessoas similares usam o idioma obsceno russo chamado mat.

Outro exemplo é quando a Deus Pai, Quem é o Oceano Universal da Consciência Primordial, O desenham nos ícones como um velhinho sentado sobre uma nuvem.

Também é pouco provável que muitos “pastores” entendam Quem é o Espírito Santo, nem que falar com os paroquianos.

E a maioria dos “crentes”, assim como os ateus, compreende a palavra “vida” só como uma vida em um corpo, chorando por aqueles que deixaram seus corpos, sentindo lástima por eles…


12. O único nome que não se pronuncia no meio do mundano é o nome com o qual o Pai condecora ao Filho. Este nome é superior a tudo. Este é o Pai. O Filho não haveria recebido este nome se não se houvesse convertido no Pai.

O Que levam este nome o sabem, mas não falam disto. E os que não levam não se dão conta da existência dos Primeiros.

As denominações apareceram este mundo porque é impossível conhecer a Verdade sem estas.

A Verdade é uma só, mas está representada pela Pluralidade. Isto é para nosso bem: para levarmos ao conhecimento do Um através do amor à Pluralidade.*


As pessoas que não conheceram ao Pai pessoalmente não são capazes de ver e reconhecer ao Filho. Se o Filho tenta dizer-lhes sobre Sua consubstancialidade com o Pai, estas pessoas somente se encolerizam.


13. Os governantes terrenos queriam enganar a gente, porque entendiam que as pessoas tem a mesma procedência que os verdadeiramente dignos, Estes governantes terrenos tomaram nomes elevados e denominaram com isto às coisas mas com o fim de enganar assim a gente e atá-las ao mal. E agora aqueles governantes terrenos sugerem as pessoas apartar-se do “mal” e apegar-se ao “bom”, àquelas pessoas que tem relações com eles. Estes governantes terrenos tratam de fazer das pessoas anteriormente livres escravos para sempre.


14. Há forças que lhe dão (poder) ao homem, sem desejar salvá-lo. O fazem (para submetê-lo)

O homem, desejando se salvar, realizava os sacrifícios. Mas se é uma pessoa razoável, (então entende claramente que os sacrifícios) não são necessários e que os animais não devem ser sacrificados aos “deuses”. De fato, os que sacrificavam aos animais eram similares a estes animais (por seu nível de desenvolvimento).

Durante os sacrifícios, (os animais eram sacrificados aos “deuses”). Ainda que fossem sacrificados vivos, logo morriam.

Por outro lado, quando o homem se sacrifica a Deus estando morto, (verdadeiramente) viverá.


Aqui o último parágrafo merece ser comentado.

O fato é que o homem não é um corpo. É uma consciência, uma alma. Por isso não é correto dizer que está morto se seu corpo morreu. O que morreu é o corpo, mas não o homem.

Contudo, o homem mesmo também pode morrer como uma alma, quer dizer, pode padecer uma morte espiritual. Disto Jesus falava quando disse: “Siga-me e deixa que os mortos enterrem a seus mortos” (Mateus 8:22; Lucas 9:60)

Não obstante, nesta parte de Seu Evangelho, Felipe fala de outra “morte”: a morte do “eu inferior do homem”. Isto implica que ele ou ela realiza, seu eu superior, o que se alcança através da União com a consciência desenvolvida com o Criador. Aquele Que conquistou isto obtém a Vida Eterna na Morada do Criador na União com Ele.


15. Antes do advento do Cristo não havia alimento Celestial. Tudo era como no paraíso no tempo de Adão: havia muitas árvores, comida para os animais, mas não havia trigo, comida para os humanos. Por isso eles se alimentavam como animais.

Só que, quando Cristo – O Homem Perfeito – vem, trás o alimento do Céu para que as pessoas se alimentem da comida humana.


As pessoas sem o conhecimento verdadeiro sobre sua predestinação e sobre o Caminho vivem uma vida comparável com a dos animais. Mas Deus, através do Cristo, lhes dá o alimento espiritual digno deles.


16. Os governantes terrenos pensaram que o que haviam feito o havia feito com o seu próprio poder e pôs sua vontade. Mas, na realidade, foi o Espírito Santo Quem atuava em segredo através deles fazendo-o todo como o considerava apropriado.

Também Eles semeiam por todas as partes o verdadeiro conhecimento que existe eternamente. Muitas pessoas vem esse conhecimento, mas só uns poucos se lembram deste quando chega a colheita.


O Espírito Santo dirige as ações das pessoas quando é necessário, mas elas normalmente, não o suspeitam.

Entre outras coisas, Ele cria – através das pessoas viciadas – as dificuldades para nós em forma de tentações e seduções, tais como as doutrinas falsas, por exemplo. Isto se faz para acelerar nosso desenvolvimento intelectual. Pois nós fomos enviados aqui para aprender, e não simplesmente para viver.

O significado de nossas vidas na Terra consiste em nosso auto aperfeiçoamento, o qual deve caminhar em três direções principais: a intelectual, a ética e a psicoenergética. E Deus é nosso Mestre.

Os discípulos aplicados, depois de terminar esta Escola, são convidados pelo Pai, se chegarem a ser dignos disto, a Sua Morada para se unirem com Ele ali para sempre.

Por outro lado, os discípulos inaplicados ficam como os “repetentes” eternos, são escravos deste mundo.

O tempo da “colheita” é o “fim do mundo”. A Escola se fecha, os discípulos dignos se transferem a Morada de Deus Pai enriquecendo-os com Eles Mesmo, e o destino do resto é a escuridão exterior: a destruição, a morte das almas.

Também merecem ser comentado o uso do pronome “Eles” no fragmento para referir-se ao Espírito Santo. Não é um erro já que o Espírito Santo, é de fato a totalidade das numerosas ex pessoas que obtiveram em seu auto aperfeiçoamento o direito de estar nos eons Superiores.


17. Alguns diziam que Maria havia concebido do Espírito Santo. Estão no erro, Não entendem o que dizem. Quando há sucedido que uma mulher concebe de outra mulher?

Maria, ao mesmo tempo, é também a castidade que não foi profanada pela violência.

Ela é uma grande tentação para os judeus, tanto para aqueles que predicam como para aqueles que escutam suas predicas.

Sua castidade, que não foi profanada pela violência é pura. Os que profanaram a si mesmos (através de suas fantasias) são os poderosos.

O Senhor (Jesus o Cristo) não havia dito: “Meu Pai Que está no Céu” se não houvesse tido outro pai. Ele simplesmente haveria dito: “Meu pai”.


No idioma em que foi escrito o Evangelho, o Espírito Santo é de gênero feminino. Isto foi a razão da ironia de Felipe ao principio do fragmento.


18. O Senhor disse aos discípulos: “Entrem na Casa do Pai, mas não tomem nada na Casa do Pau nem levem nada para fora”.


A segunda parte desta frase é uma brincadeira de Jesus. Pois na “Casa do Pai” – o eon mais alto- não há objetos materiais que possam ser levados afora como na casa de um pai terreno.

Entrar na Morada do Pai Celestial e se estabelecer ali para sempre é a Meta da evolução de cada pessoa.


19. Jesus é um homem humano. O Cristo é um titulo. Por isso o nome Jesus não tem análogos em outros idiomas simplesmente O nomearam Jesus.

Cristo em siríaco soa como Messias. Cristo é uma palavra grega. Todos os outros idiomas também tem esta palavra segundo sua própria pronuncia.

O Nazareno significa “Aquele Que veio da Verdade”.


Cristo não é o apelido de Jesus como muitos crentes da Russa pensam. Cristo é Aquele Que Alcançou a Morada de Deus Pai, se converteu em uma Parte dEle e logo veio a Terra como um Mestre Divino mantendo Sua consubstancialidade com o Pai.

Cristo, Messias ou Avatar não são nada mais que expressões diferentes, provenientes de distintos idiomas, para o mesmo fenómeno.

Existiu um só Jesus o Cristo, mas houve muitos Cristos durante toda a historia da humanidade, Jesus foi o único e o primeiro Cristo somente para aquelas pessoas com quem ele se comunicou diretamente durante Sua vida terrena.


20. O Cristo tem dentro de Si e o humano, e o angélico, e algo ainda mais misterioso, e ao Pai.


No evangelho de João, Jesus se compara com uma videira cujo tronco está sob a superfície da Terra, enquanto sua raiz está na Morada de Deus Pai. Permanecendo como uma Consciência por todas as partes. Ele pode falar as pessoas sobre os eons mais altos de uma maneira certa e representar para elas a Deus Pai no mundo material.


21. Os que dizem que o Senhor primeiro morreu e logo ressuscitou estão no erro, Pois Ele ressuscitou primeiro e logo ( Seu corpo) morreu.

Se alguém alcançou a Ressurreição, não morrerá. Pois Deus está vivo e sempre o estará.


A verdadeira Ressurreição é a Ressurreição dos eons mais altos, e não no mundo material. Jesus a havia alcançado há muito tempo antes e logo veio a Terra sendo uma Parte de Deus Pai.

Quem recorreu o Caminho até a União com Deus Pai alcançou a verdadeira Imortalidade. Ao deixar o corpo no momento de sua morte, tal Pessoa em, seguida ressuscita no eon do Pai na União com Ele.

Contudo, Jesus “ressuscitou” varias vezes para as pessoas encarnadas também neste mundo, materializando Seu novo corpo em cada um destes casos. Seu Poder Divino O permitiu fazê-lo.


22. Não se esconde algo muito valioso num recipiente grande, senão que, do contrario, os tesouros incalculáveis se guardam frequentemente em um recipiente que vale um assarion.* O mesmo sucede com a alma: sendo um grande tesouro está posta em um corpo depreciável.


Tanto os ateus como a maioria daqueles que se chamam cristãos creem que o homem é um corpo. Mas, na realidade, é uma alma, uma consciência, enquanto que o corpo é simplesmente seu recipiente temporal, dado ao homem para passar um curso regular de aprendizagem na Escola situada no mundo da matéria.

Os estados encarnados das pessoas são normalmente, as partes mais curtas de suas vidas em comparação com os estados não encarnados.

Não obstante, o desenvolvimento do homem pode ter lugar somente em um estado encarnado. É por isso que Deus cria os mundos materiais.

O fato é que o corpo é uma fabrica para a transformação da energia. Dentro do corpo, a energia que foi extraída, em primeiro lugar, da comida ordinária pode ser transformada na energia da consciência ou alma e, graças a isto, os processos do crescimento qualitativo e quantitativo da consciência podem ter lugar.


23. Existem pessoas que tem medo de ressuscitar desnudas, É porque elas desejam ressuscitar na carne. Elas não entendem que os que levam a carne estão realmente desnudos (diante dos espíritos e Deus).

Por outro lado, aqueles que se desnudam (da carne) para estar desnudos (é dizer, ser almas “desnudas”) já não estão desnudos.

Nem carne nem sangue podem entrar na Morada de Deus.

Então, quem é o que não entrará? É o que levamos acima.

E quem é o que entrará? É o que pertence em nós a Jesus e a Seu Sangue.

Por isso Ele dizia: “Quem não come Minha Carne e não bebe Meu Sangue não terá dentro de si a vida (verdadeira)”

Que é Sua Carne? É o Logos e Seu Sangue é o Espírito Santo. Aquele que recebeu Isto tem o alimento, a bebida e a veste verdadeiros. E não estou de acordo com aqueles que dizem que esta Carne não ressuscitará.

Desta forma as pessoas se enredaram. Se tu dizes que a Carne não ressuscitará, diga-me então, para poder respeitar-te por tua razão, quem é o que ressuscitará?

Diga, mas bem, que o Espírito é esta Carne, a Luz e esta Carne e o Logos também é esta Carne. Assim que tudo o que nomeado é esta Carne. E é necessário ressuscitar nesta Carne, pois tudo está nEla.


No fragmento Felipe usa um “jogo de palavras” típico de Seu Evangelho, como uma técnica para estimular a atividade mental do leitor.

O fragmento começa com o tema do medo de ressuscitar desnudo. Felipe ridiculariza tal pudor. Pois a vergonha da nudez do próprio corpo não é uma lei ética objetivamente significativa, mas, simplesmente, uma normal moral de certos grupos de pessoas encarnadas na Terra. Tais “normas de conduta” não existem nos eons mais altos.

As Consciências individuais na Morada do Criador no estado de dissolução as Umas nas Outras formando um Todo, ainda que também possam separar-se para cumprir alguma tarefa na Criação.

Os espíritos mantem sua individualidade, assim como sua aparência e suas inclinações que tinham nas suas últimas vidas encarnadas, mas também podem transformar-se em uma simples condensação amorfa de energia ou arrumar aparência alheia por algum tempo durante os contatos com as pessoas encarnadas.

Deus e os espíritos ouvem não somente as palavras pronunciadas por nós, mas também nossos pensamentos, inclusive os mais “secretos”.

Eles, ainda, veem em detalhe tudo o que existe no mundo material. Não somente nossos corpos, os que escondemos debaixo da roupa, mas inclusive seus intestinos estão absolutamente abertos a vista de qualquer ser não encarnado.

Não obstante, as pessoas encarnadas, normalmente, não o sabem nem o notam, e ainda sim o superam e o notaram, não tinham as possibilidades de ocultar sua nudez. Estamos desnudos diante do Oceano inteiro da Consciência universal não encarnada e diante de muitas consciências individuais. Estamos à vista de todos. Eles nos examinam, admirando ou se compadecendo, respeitando ou se burlando, amando ou odiando, depreciando, saboreando antecipadamente nossos sofrimentos futuros…Porém, nós não o sabemos, e ainda se o soubéssemos, não há lugar aonde ir nem aonde se esconder.

Logo Filipe passa a examinar o que Jesus chamou alegoricamente Sua Carne e Sangue,

Jesus – “Videira”, se encarnando em um corpo, “se estirou”, como uma Consciência, desde o eon de Deus Pai até o mundo da matéria. O explicava a Seus discípulos que para eles o Caminho até Deus Pai consiste em se transformar em “Videiras” similares, mas eles devem crescer na direção oposta (em comparação com Jesus) é dizer, não desde Deus Pai até a matéria, mas desde a matéria até Deus Pai.

Quem alcança com suas “raízes” a Morada Paterna e se une com Ele ali no Amor se converte com o tempo num Cristo.

Para recorrer este Caminho, o praticante deve “comer” aquele “alimento” que provém dos eons do Espirito Santo e de Deus Pai. Este é o “alimento" do conhecimento Divino e o Logos (Aquele Que fala) é Quem trás esse conhecimento.

A pessoa que nasce nos eons mais altos durante sua vida no corpo material e desenvolve ali sua “Carne” Divina é um verdadeiro seguidor do Cristo, um verdadeiro cristão que se está convertendo em um Cristo. Depois da morte de seu corpo, tal Pessoa, na verdade ressuscita. Ele põe lá já alcançou a Imortalidade e seguramente não perecerá mesmo durante o “fim do mundo”.


24. Neste mundo as pessoas destacam seu status na sociedade com suas vestes.

Em troca, no Reino dos Céus Aqueles Que se vestiram com o Fluxo e Fogo e Que se purificaram tem as vestimentas dos escolhidos.


O Fluxo é o movimento da consciência do Espírito Santo. Aqueles que entraram em seus eons associam este movimento com a submersão em um rio cósmico da Consciência Divina Viva. Dos variantes desta meditação se chamam Latihan e Pranava (ver mais detalhes em [1]). Isto é o batismo verdadeiro no Espírito Santo. Como vemos, este não se parece de nenhuma maneira àquele que é compreendido como o batismo em diversas seitas.

O Espírito Santo impregna Consigo Mesmo todos os estratos da Criação multidimensional. Sua Manifestação sobre a superfície da Terra pode associar-se com o Fluxo. Sua Manifestação dentro do planeta é designada por Felipe como a Luz. Sua Outra Manifestação é o Fogo. E a Luz Perfeita é Deus Pai em Sua Morada ou Câmara Nupcial.

O batismo realizado sucessivamente em cada um destes estratos permite purificar e refinar cada vez mais ao praticante espiritual como consciência.


25. Normalmente, as coisas manifestadas se conhecem através das coisas manifestadas e as coisas secretas, através das secretas. Porém em alguns casos, as imagens das coisas manifestadas se usam para simbolizar o secreto.

Assim aparecem a imagem da agua no fluxo e a imagem do fogo ao receber a benção (de Deus Pai)


26. Jesus conquistava os corações das pessoas sem revelar Sua Essência. Ante cada um ele se revelava no grau que aquela pessoa pudesse compreender. O fazia da seguinte maneira: ante os grandes Ele se apresentava como grande; ante os pequenos como pequeno; ante os anjos, como um anjo e ante os humanos como um humano. Ao mesmo tempo, Sua Divindade estava oculta a todos. Alguns o vendo, pensavam que estavam vendo simplesmente a uma pessoa igual a eles.

Mas quando Ele se revelou ante Seus discípulos em toda Sua gloria na montanha, naquele momento Ele não era pequeno, mas verdadeiramente Grande. Não obstante, antes disto ele havia feiro a Seus discípulos o suficientemente grandes como para que pudessem ver Sua Grandeza. Naquele dia, agradecendo ao Pai, Ele disse: “Ó Aquele Que uniu Sua Perfeição e Luz com o Espirito Santo, unimo-nos também com as imagens dos anjos.


O último que disse Jesus é um “jogo de palavras” gracioso. Seu significado é “Faça que os discípulos, por fim, se pareçam aos anjos!”

Detrás destas palavras de Jesus está Sua aflição pelo fato de que muitos de seus discípulos, ainda que os mais íntimos, não podiam compreendê-lo.

O assunto é que a faculdade de compreender a informação de diferentes níveis de complexidade depende da idade da alma ( e, em um grau menor, da idade do corpo, da natureza da educação, etc.). As almas, pois, maduram durantes muitas encarnações, sobre o qual também falaram Jesus e Seus apóstolos. Por isso as almas encarnadas por Deus nos corpos humanos tem idade muito diferentes que não se relacionam com as idades de seus corpos. Esta é uma das peculiaridades do desenvolvimento dos seres humanos.

Portanto a sabedoria de um mestre se manifesta, entre outras coisas em ajudar a cada pessoa concreta considerando seus particularidades relacionadas com a idade e sua capacidade de percepção, evitando, entre outras coisas dar-lhe informação de uma complexidade superior a suas forças.

O Caminho espiritual é como uma escada que consiste de muitos degraus, e é necessário ajudar a um discípulo a subir ao degrau que lhe corresponde em vez de propor-lhe saltar seções da escada.


27. Não menosprezem ao Cordeiro, já que sem Ele é impossível ver a Porta.

E nada poderá chegar ao Rei permanecendo “desnudo”.


O cordeiro sacrificial é Jesus, Quem se entregou a uma morte dolorosa através da crucificação para que o conhecimento deixado por Ele salve as pessoas do inferno.

A segunda fase deste fragmento é a continuação dos pensamentos do fragmento 23. Uma pessoa “desnuda” é aquela que se pavoneia na superfície da Terra em seu corpo material, se identificando com este e pensando que o que faz em segredo será um segredo para todos.

Porém, ele ou ela está realmente à vista de todos os espíritos e de Deus. De fato, seu comportamento é tão irrisório como o de alguém que se encontra desnudo no meio de outras pessoas encarnadas estranhas sem estar consciente de sua própria nudez.

Não obstante, é impossível visitar ao Rei – a Deus Pai- permanecendo no corpo e considerando-se como um corpo. É possível chegar ao Rei somente a condição de não perceber-se como um corpo, depois de se haver voltado de fato independente deste mediante os treinamentos meditativos (a meditação é o trabalho para o desenvolvimento da consciência) são os que, na realidade, nos permitem receber os batismos verdadeiros, e no os “de joguete”, assim como nascer e amadurecer em novos eons.


28. O Homem Celestial tem muito mais Filhos que um homem terreno, Se os filos de Adão são numerosos a pesar de que morrem, quanto mais numerosos são os Filhos do Homem Perfeito, Filhos Que não morrem e Que se multiplicam cada vez mais!


O Homem Perfeito no Cristo, Seus Ensinamentos – a preço de Sua morte na cruz e das obras dos Apóstolos – permanecem na Terra e seguem engendrando novos Filhos espirituais Que alcançam a Imortalidade na Morada do Pai.


29. O Pai criou o Filho, mas o Filho não pode criar a um filho, já que Quem foi gerado desta maneira (pelo Pai) não pode gerar. O Filho cria aos irmãos para Si, mas não aos filhos.


A reprodução terrena não atrai a um Filho de Deus. Por isso tal Pessoa não gera aos filhos terrenos, mas aos espirituais, os irmãos e as irmãs.


30. O texto original está danificado neste lugar.


31. Há pessoas que recebem seu alimento da boca da qual sai a palavra de Deus. Se um se alimenta assim, pode chegar a ser Perfeito.

Os Perfeitos podem conceber-se de um beijo e nascer assim,

Por isso nós também nos beijamos uns aos outros e concebendo-nos a partir da graça que está em cada um de nós.


Um Mestre Perfeito alimenta a Seus discípulos com a palavra de Deus através de Sua boca, e isto pode levá-los a Perfeição.

Os discípulos maduros, preparados pelas suas encarnações anteriores, podem ser estimulados pelo amor do Mestre para que avancem mais no Caminho espiritual e logo nasçam nos eons mais altos.

A predominância das emoções do amor terno ajuda aos discípulos em seu trabalho espiritual, apoiando-lhes, inspirando-lhes e enchendo-os de poder.


32. Três caminhavam todo o tempo com o Senhor: Maria, Sua mãe, Sua irmã e Maria Madalena, quem foi chamada Sua companheira. Assim havia três Marias: Sua mãe, Sua irmã e Sua companheira.


33. O Pai e o Filho são denominações simples.

Por outro lado, o Espírito Santo é uma denominação Dupla*, já que Eles estão em todas as partes: estão acima e abaixo, estão no espaço oculto e estão no espaço aberto.

Ao mesmo tempo, o Espírito Santo está aberto abaixo e oculto acima.


Os Espíritos Santos, Que dimanam da Morada de Deus Pai, estão presentes em Seus diferentes estados sobre a superfície da Terra (“espaço aberto”) e dentro de nosso planeta (“espaço oculto”)

Eles podem ser vistos por um praticante espiritual debaixo da superfície da Terra, mas ao mesmo tempo, podem ser invisíveis para uma pessoa deste mundo sobre esta mesma superfície.


34. Aos santos inclusive os poderes malignos os servem. Estes poderes são cegados pelo Espírito Santo e por isso pensam que servem a seus homens, enquanto que, na realidade, trabalham para os santos.

Uma vez um discípulo perguntou ao Senhor sobre algo que se relacionava com o mundano. O Senhor lhe contestou: “Pergunta a tua mãe. Que ela te dê o que é alheio a Mim”.


Quanto mais grosseiras por sua natureza energética são as consciências individuais, elas vivem durante seu estado não encarnado nos eons mais grosseiros e mais distantes de Deus Pai. Tais consciências tampouco podem entrar nas moradas da consciência mais perfeita e não vem àqueles que vivem nos eons mais próximos do Pai.

Por outro lado, os seres mais evoluídos do mundo espiritual não somente podem entrar nos eons mais grosseiros, mas também controlar a seus habitantes, e os últimos as vezes nem sequer se dão conta disto.

Deus, pessoalmente ou através de outros espíritos dignos, controla a todos os outros espíritos e as pessoas encarnadas, inclusive as mais primitivas e os utiliza para fazer raciocinar as outras pessoas (tanto pecadoras como virtuosas) quando é necessário, por exemplo, consegui-las, mudar seu rumo de vida, etc.


35. Os apóstolos disseram a seus discípulos: “Que todos nossos presentes às pessoas contenham sal”. Eles chamaram “sal” a sabedoria. Sem esta não se deve presentear.


Os apóstolos exortavam a seus discípulos não somente a presentar, por exemplo, sanando aos enfermos, mas também a acompanhar o presente como uma pregação do Caminho até a Perfeição. Se misto, uma pessoa espiritual não deve presentear porque tais presentes não beneficiarão a seus receptores.


36. Mas a sabedoria não pode ser válida sem o Filho…

Logo o texto está danificado neste fragmento.


A sabedoria verdadeira pode vir só ou Deus Pai e seu Portador mais perfeito é o Filho-Cristo.


37. O que o Pai tem pertence também ao Filho. Portanto, enquanto o Filho é pequeno, o Pai não Lhe confia o que Lhe pertence. Por outro lado, quando amadurece, Seu Pai Lhe dá tudo que é Seu.


O Cristo Que todavia tem o corpo de um menino que pode manifestar todas Suas faculdades Divinas. Estas se Lhe conferem a medida que Seu corpo terreno cresce.


38. Aquelas pessoas que se desviam, também foram geradas na Terra pela Vontade do Espírito de Deus, e elas se desviam por sua Vontade também. Desta maneiro pelo mesmo Espírito os relâmpagos se acendem e se apagam.


Primeiro, Deus Mesmo põe os obstáculos no Caminho até Ele, já que a luta com estes nos desenvolve. Só as pessoas dignas, isto é, aquelas que são bastante maduras, podem superar esses obstáculos.

Segundo, Deus possui todo o Poder e a Autoridade para não permitir aos indignos aproximar-se a Seus eon. Por isso nenhuma pessoa pode entrar na Morada do Pai sem Sua Vontade.

O fato de ser digno é determinado pelos índices éticos e intelectuais que estão estreitamente relacionados, assim como pelo grau de refinação da consciência.


39. Existe a sabedoria simples, mas também existe a sabedoria consagrada pela morte. Esta conheceu a morte. Por outro lado, a sabedoria que não conheceu a morte é a sabedoria pequena.


A maioria das pessoas vivem na Terra sem pensar em que nossa possibilidade de mudar significantemente nossos destinos para os centenas de anos por vir (aqueles que normalmente transcorrem entre as encarnações) e para a encarnação seguinte (se é que esta virá a ter lugar) é limitada no tempo. Logo será tarde inclusive para sonhar sobre tal mudança.

Pelo contrario, se uma pessoa vive lembrando-se de sua futura desencarnação, isto lhe apressa no Caminho espiritual permitindo-lhe compreender impecavelmente o que há de fazer e o que não perante o rosto da morte iminente.

A decisão mais radical e eficaz de uma praticante espiritual, para quem o conhecimento sobre a morte se converteu em um aliado, é aprender a controlar a morte de seu próprio corpo através de adquirir a faculdade de desmaterializá-lo.

Se tal pessoa também passou através de uma morte clínica real e esteve no outro mundo sem nenhum impedimento por parte de sua envoltura espiritual, este enriquece consideravelmente sua experiência meditativa e lhe dá o conhecimento viável sobre a vida ali e sobre o que ficou por fazer para poder cumprir com tudo.


40. Há animais fiéis ao homem, por exemplo, a vaca, o asno e outros. Existem também aqueles que não são fiéis e que vivem sem o homem no deserto.

O homem ara no campo com a ajuda dos animais fiéis. Graças a isto, se provê de alimento tanto a si mesmo como aos animais fiéis, mas não provê aos infiéis.

Assim mesmo o Homem Perfeito trabalha com a ajuda dos fiéis a Ele e prepara tudo o necessário para a vida deles, Graças a isto, todo, o bom e o mau, a direita e a esquerda, se encontra em seu lugar

Não obstante, o Espírito Santo se preocupa com todos e controla a todos: aos fies a Ele, aos hostis e aos indiferentes. Assim Ele nos une e os separa para quando Ele não considere necessário.


O Espírito Santo, Que atua desde a Morada do Pai, é o Administrador Principal dos destinos das pessoas encarnadas. Para a realização de seus destinos, Ele dirige seus pensamentos e desejos, e inclusive controla o cumprimento de uns e outros atos seus organizando desta maneira aos encontros entre as pessoas. Assim Ele une aos discípulos com seus Mestres, aos delinquentes com suas vítimas, àqueles que buscam um companheiro sexual com um companheiro futuro e assim sucessivamente. Também Ele separa as pessoas usando os mesmos métodos quando suas relações se voltam desnecessárias desde o ponto de vista de seu progresso espiritual.

Ele controla aos fiéis e aos infiéis a Ele, aos bons e aos maus, àqueles que Lhe conhecem e àqueles que não.

Contudo, o aprendizado com Ele será mais fácil, mais agradável e mais eficaz para nós se nos convertemos em discípulos que Lhe amam a Ele e a Deus Pai.

Claro está que um Perfeito Mestre encarnado é mais conveniente para os discípulos, porque fala com eles em uma linguagem mais entendível. Por outro lado, Sua Missão terrena é mais difícil, já que havendo encarnado em um inferno terreno, o Mestre se converte em um branco para as numerosas pessoas primitivas. Por conseguinte, Sua Encarnação voluntária é uma manifestação de Seu Grande Amor Sacrificial.

Por razões entendíveis, tal Mestre ensina diretamente somente aos discípulos fiéis.


41. O texto original está danificado neste lugar.


42. Primeiro se comete um adultério e depois um assassino nasce deste. Esse assassino havia sido o filho de um diabo antes, por isso agora também se volta um assassino das pessoas e assassina a seus irmãos.

Qualquer união (sexual) entre pessoas diferentes é um adultério.


O adultério é uma união sexual entre pessoas, inapropriada desde o ponto de vista de Deus. Este conceito não tem nada que ver com o significado que lhe dão os pastores para intimidar a seu rebanho, “pastores” que tentam controlar os destinos das pessoas no nome de Deus ainda que Ele não lhe tenha encarregado disto!

Contudo, Deus tem m conceito do adultério e inclusive pode castigar por cometê-lo, como temos lido neste fragmento, através de encarnar uma alma diabólica no corpo de criança que nasceu desde adultério e também através do nascimento de crianças deformadas, subnormais, etc.

Deus não está contra o sexo em geral.

Pois ele Mesmo foi Quem criou às pessoas de tal maneira que a população dos corpos humanos na Terra se mantenha mediante o sexo. Além do mais, através das interações sexuais, as pessoas podem aprender – sob o guia do Espírito Santo – como elas devem ser e como não. As relações sexuais entre as pessoas é uma excelente oportunidade para Deus de ensinarmos o amor, a sabedoria e o poder.

O principio gerais da conduta correta na esfera destas relações são:

— renunciar ao egoísmo, ter impacto, atuar não para si mesmo, mas para o bem do companheiro, para alcançar a harmonia mútua.

— renunciar à grosseria em emoções, palavras e atos, tratar de cultivar a ternura sutil — uma emoção muito valiosa no Caminho até a Perfeição — dentro de si mesmo e dá-la ao amado.

Pode um mudar de companheiro ou deve viver com um só a todo custo durante a encarnação inteira? Claro que pode! Já que mudando aos companheiros, podemos aprender muito mais na arte de presentear nosso amor, ainda que devemos esquecer neste caso que o nascimento das crianças impõe indubitavelmente obrigações respectivas a ambos os país. Também se um se obceca por buscar prazer sexual esquecendo-se dos demais, este será um pecado de adultério, e Deus pode sinalar este erro, por exemplo, com as enfermidades venéreas.

Porém, o segundo parágrafo deste fragmento implica outro tipo de adultério que se relaciona em primeiro lugar, com as pessoas que já começaram a recorrer o Caminho espiritual.

Trata-se da adequação do companheiro. Um companheiro adequado não é só aquele que gostamos, quem está disposto e com quem tudo vai bem (ainda que tudo isto também tem importância). Um companheiro adequado deve ser necessariamente o companheiro de viagem mais próximo no Caminho até Deus Pai e umas pessoas de ideias afins a cem por cento.

Por outro lado, se entre os companheiros há uma grande diferença nas idades das almas, no grau da refinação energética de seus organismo e na sutileza das consciências, sem um deles não é firme na nutrição “sem matança”* (o tipo de nutrição unicamente correto desde o ponto de vista ético e bioenergético), então tais relações se converteram em um sério obstáculo para o outro companheiro mais fiel e mais próximo a Deus e isto será, desde o ponto de vista do Criador, um adultério, quer dizer, um ato inadmissível e punível.


43. Deus é como um tintureiro. Ao igual que as tintas boas, chamadas resistentes, se morrem somente com as coisas tingidas por estas, o mesmo passa quando trabalha Deus. Pois não se descolorem Suas tintas, porque são imortais graças a Seu trabalho de “tintureiro”.

Deus batiza q quem Ele batiza no Fluxo.


O primeiro batismo dado por Deus sucede no Fluxo do Espírito Santo. Deus o dá somente aos dignos, com a particularidade de que o batismo os transforma de tal maneira que Suas “tintas” nunca se acabam.


44. É impossível que alguém perceba algo do Imperecível a menos que se faça assemelhado a Este antes.

No mundo da Verdadeira Vida tudo sucede de forma contraria a como sucede entre as pessoas mundanas: elas percebem o sol, ainda que não são o sol, percebem o céu e a terra e outros objetos sem ser estes.

Por outro lado, naquele mundo tu percebes algo e te convertes nisto. Assim, percebes ao Espírito Santo e te convertes no Espírito Santo. Percebes ao Cristo e te convertes no Cristo. Percebes ao Pai e te convertes no Pai.

Naquele mundo, percebes tudo, mas não te percebes a ti mesmo. Pelo contrario, te percebes a ti mesmo como Aquele, porque te convertes nAquele a Quem percebes.


Felipe compartilha algumas de Suas impressões pessoais das meditações mais altas ensinadas por Jesus; neste caso, se trata das meditações da União com Deus.


45. A fé pede. O Amor dá.

É impossível receber sem fé. É impossível dar sem amor.

Por isso cremos para pedir e amamos para dar em verdade.

Em troca, se um dá sem amor, não terá nenhum beneficio de tal ação.


46. Quem ainda não havia recebido ao Senhor é ainda um judeu.


Estas palavras estão escritas para os leitores judeus. Seu significado é:

Quem conheceu a Deus deixa de perceber-se como o representante de uma nacionalidade particular, de um grupo religioso ou sexual ou de certa idade. Tudo isto desaparece e fica somente a percepção de si mesmo como uma consciência que anseia alcançar ao Amado.


47. Os primeiros Apóstolos O chamaram assim: Jesus Nazareno Messias, o que significa Jesus Nazareno Cristo. A última palavra é Cristo, a primeira é Jesus e no meio está Nazareno.

A palavra Messias tem dois significados: o Cristo e o Rei. Jesus, em hebreu antigo é Salvador. Nazaré é a Verdade. Nazareno é Aquele Que veio da Verdade.

Assim que o Cristo é o Rei e, por conseguinte, Nazareno é o Rei e Jesus é o Rei também.


48. Mesmo se uma pérola foi posta na lama, não se torna insignificante e se você esfregá-la com um bálsamo, tampouco se torna mais valiosa. Mas é sempre valiosa para o seu dono.

Assim mesmo é com os Filhos de Deus: de onde quer que estejam, sempre são valiosos para Seu Pai.


49. Se tu dizes: “Sou um judeu!” nada se moverá. Diz-se: “Sou um romano!”, nada se inquietará. Diz-se: “Sou um grego, um bárbaro, um escravo, um homem livre!”, nada se estremecerá. Mas, se dizes: “Sou um cristão!”, todos tremerão. Ó, se somente puderas receber este título tão insofrível para os governantes terrenos!


50. Deus é o Absorvedor das pessoas. As pessoas são absorvidas por Ele.

Anteriormente as pessoas sacrificavam animais, mas suas almas não foram absorvidas por Deus.


O significado da chamada vida orgânica na Terra consiste no desenvolvimento da consciência que se encarna em seus recipientes: os corpos vivos.

Começando sua evolução individual como diminutas formações primitivas de energia na estrutura cristalina dos minerais, passando depois através de muitas encarnações nos corpos vegetais, animais e humanos, algumas almas finalmente chegam a ser Deiformes e entram no Criador – a Consciência Primordial Universal – sendo absorvidas por Ela. Isto constitui Sua Evolução e nós somos participantes desta.

E mais, nas etapas finais de sua evolução pessoal, o praticante espiritual se sacrifica, de uma maneira consciente, a si mesmo, a sua individualidade, para unir-se no amor com a Consciência Primordial. Não é nada estranho para tal praticante, já que está muito apaixonado de seu Amado Supremo! Desde o exterior, este ato pode se parecer com uma autodestruição sacrificial.

Em tempos antigos, os ecos do desejo de Deus sobre o amor sacrificial chegavam as massas humanas. Então as pessoas começaram a matar animais como um sacrifício para Ele, comiam seus cadáveres e enviavam as almas como uma oferenda para Deus ou para os “deuses” inventados.

Jesus o Cristo, entre outros, se opunha a tal primitivismo sugerindo que as pessoas renunciem a matar animais como “um sacrifício para Deus” ou, simplesmente, para comer seus corpos.


51. Tanto os vasos de vidro como os vasos de argila são fabricados por meio do fogo. Contudo, se os vasos de vidro se rompem, podem ser restituídos, porque vem ao mundo por meio de um sopro. Pelo contrario, se os vasos de argila se rompem, serão expelidos, porque foram feitos sem sopro.


É possível refundir os cacos de vidro e fazer novos vasos. Em troca, os vasos de argila cozida só podem ser expelidos.

Eis aqui uma alegoria sábia.

Tanto os vasos de vidro como os de argila passam durante sua fabricação através de certo “batismo no fogo”.

Não obstante, só o viro passa através do “batismo por meio do sopro” (uma analogia com o Fluxo do Pranava), a argila não. O batismo no Pranava de preceder ao batismo no Fogo Divino. É por isso que o “batismo no fogo” dos artigos de argila não pode dar um resultado duradouro.

Aqui se trata outra vez da necessidade objetiva de avançar gradualmente, por etapas, no trabalho espiritual. O praticante deve saltar degraus da escada. É impossível manter-se no fogo divino sem que um se haja fortalecido em outras variações da União com Deus.


52. Um burro, caminhando ao redor de uma mula de moinho, percorreu cem milhas caminhando.

Não obstante, quando lhe soltaram, se encontrou no mesmo lugar.

Há homens que caminham muito, mas não avançam, e quando a noite cai, eles não veem nem a cidade nem o povo de para onde iam, não conheceram nem a natureza da Criação, nem ao Poder (quer dizer, a Deus Pai), nem ainda aos anjos. Em vão, esses pobres trabalharam.


Os esforços dão frutos sempre e quando a Meta e os métodos para seu conhecimento estão claros. O é necessário tomar a mão do Mestre e tê-la firmemente (o Mestre, capaz de levar a Meta, pode ser Aquele Que A conhece muita bem).


53. Nossa gratidão a Jesus! Em siríaco, Lhe chamam Farisatha, é dizer, Aquele Que permanece por todas as partes.

Jesus veio para mostrar na cruz a crucificação daquele que pertence a este mundo.


Já discutimos que uma consciência individual pode e deve crescer não somente qualitativamente, mas também quantitativamente. Uma pessoa ordinária não é maior, como consciência, que o tamanho de seu corpo. Porém, graças aos entretenimentos meditativos especiais, pode crescer até tamanhos comparáveis com o planeta Terra e ainda mais. Somente depois de cumprir isso (a par de muitas outras coisas), tal pessoa se volta digna de entrar no eon de Deus Pai.

Jesus havia recorrido este Caminho muito antes de Sua Encarnação conhecida pelas pessoas modernas e, de fato, se converteu nAquele Que permanece por todas as partes. Por exemplo, ele permanecendo na Terra, estava ao mesmo tempo na Morada de Deus Pai.

Jesus também demonstrou com Sua morte na cruz e com as aparições seguintes a Seus discípulos encarnados que a consciência não more com o corpo e que um pode sacrificar o corpo para levar a cabo as metas mais altas.


54. O Senhor entrou uma vez na tinturaria de Levi, tomou 72 tintas diferentes e as tirou do vaso, Depois tirou dali todas as telas tingidas de branco e disse: “Assim, na verdade, trabalha o Filho do Homem”.


Felipe descreve um dos milagres obrados por Jesus. Com isto Ele mostrou a Seus discípulos um dos princípios do trabalho de um Mestre, a saber, que os discípulos inicialmente muito diferentes (“multicores”) devem sem “branqueados” na última “tingida” comum de uma Escola espiritual; eles devem chegar a ser almas brancas como o Fogo Divino.

A expressão “Filho de Homem”, que Jesus usava as vezes para se referir a Si Mesmo, significa: “Uma Parte do Pai encarnada entre as pessoas em um corpo nascido de uma mulher”.


55. Uma mulher que não deu a luz a seus filhos pode se converter na mãe dos anjos, Tal era Maria Madalena, a companheira do Filho. O Senhor a amava mais que a todos os discípulos e a beijava frequentemente em sua boca. O resto dos discípulos vendo-lhe amando a Maria, Lhe disseram: “Por que a amas mais que a todos nós?”. Contestando-lhes, Ele disse: “Por que não lhes amo a vocês como a ela?”.


Este fragmento descreve, entre outras coisas, o caráter das relações entre Jesus e Sua amada (quer dizer, a melhor das discípulas) Maria Madalena. Estas relações estavam saturadas de uma afetividade verdadeiramente terna e carinhosa. Através disto Jesus dava a Seus discípulos um exemplo das relações ótimas que deve haver entre as pessoas próximas pelo trabalho espiritual comum, já que um grupo de discípulos dignos, unidos pelas emoções de amor-ternura, trabalha de maneira muito mais eficaz. Assim também poder ser as relações entre um Mestre e os discípulos.


56. Quando um cedo e um que vê estão juntos na escuridão, eles não diferem entre si.

Não obstante, quando a luz chega, quem vê verá a luz; enquanto, o cego permanecerá na escuridão.


Com a vinda de um Mestre de Deus, somente aqueles que são capazes de ver a Luz Divina se despertam para a vida espiritual; enquanto que o resto fica na escuridão de sua ignorância.


57. O Senhor disse: “Bem-aventurado aquele que havia existido verdadeiramente antes de nascer (na Terra)”.

“E aquele que existe verdadeiramente agora, era assim e assim será”.


Jesus fala neste caso sobre a evolução das unidades da consciência.

As pessoas psicoenergéticamente jovens são capazes de levar só uma vida instintiva e reflexa, similar a dos animais primitivos.

Em troca, aqueles que são umas consciências qualitativa e quantitativamente desenvolvidas são capazes de levar uma existência em verdade consciente, debidamente dirigida e organizada no Caminho até a Perfeição espiritual, no Caminho até o Pai.

Contudo, a maturação da consciência é um processo bastante lento que dura muitas encarnações.

Quanto mais maduras são as pessoas concretas, cometem erros menores e tem menos possibilidades de “cair” da escada da ascensão espiritual. Justo disto fala Jesus: primeiro, para as pessoas que chegaram a esta vida terrena sendo consciências suficientemente maduras, é mais fácil viver. Segundo, se vemos a tal pessoa, isto significa que estava preparada para semelhante nível de existência antes do começo de sua encarnação.


58. O senhorio do homem é um mistério. Pois é amo dos animais que são mais fortes e maiores tanto por sua aparência como por seu poder. Ainda assim, o homem é quem os alimenta, Contudo, se o homem se separa deles, estes animais começam a morder-se e a matar-se um ao outro, E se devoraram mutuamente se não encontram outro alimento para si.

Mas agora terão comida, já que o homem cultivou a terra.


Nesta parábola a humanidade na Terra, que consiste principalmente das pessoas psicoenergéticas jovens e imaturas, se compara com os animais domésticos na “Fazenda” de Deus, animais que, ainda que obedeçam ao Amo, se comportam como feras nas relações entre si quando se lhes dá a liberdade de atuar e, especialmente, quando lhes falta a comida.

Devido a que o Homem-Deus, o Cristo, havia dado às pessoas o verdadeiro e eterno alimento espiritual, o autor desta parábola esperava que de aqui em diante todas as pessoas-feras foram alimentadas e deixaram de ser feras.


59. Se alguém submergiu no Fluxo, mas sem receber algo nEste, disse: “Sou um cristão!”, então é como se torasse esse título emprestado,

Pelo contrario, se o batizado realmente recebeu o batismo no Espírito Santo, então tem o título de cristão como um presente.

Aquele que recebeu um presente não se quita, em troca, aquele que recebeu algo emprestado pode se quitar.


João o Batista realizava o rito do batismo dos pecadores arrependidos através da submersão de seus corpos na agua.

Jesus e os Apóstolos batizaram com o Espírito Santo, chamando-lhe a influir sobre os batizados e a manifestar-se para eles desta maneira (Prestemos atenção ao fato de que isto não é igual ao nascimento no Espírito Santo).

O significado esotérico de tal batismo consiste em permitir aos praticantes principiantes experimentar pela primeira vez ao Espírito Santo. No futuro, a memoria disto poderá inspirar-lhes a dedicar suas vidas a se transformar segundo estre Patrão e a se esforçar para alcançar a União com o Espírito Santo.

Outras pessoas, em troca, só pelo fato de participar no rito do batismo, durante o qual não receberam nada, já assumem o título de cristão. Se essas pessoas além disso não trabalham sobre si mesmas para chegar a ser dignas deste título, serão consideradas como devedores que não pagaram suas dívidas a Deus e que agravaram consideravelmente seus destinos desta maneira.


60. Similar a isto é o mistério do matrimônio.

Se alguém está em um matrimonio puro, está muito bem, já que sem isto não encontrará paz.

Pois o homem é a essência de tudo na Terra e sua função (terrena) mais importante é o matrimonio.

Assim que conheçam um matrimonio puro, porque este possui grande poder!

Em troca, na forma impura existe só sua imagem exterior.


Já analisamos que um matrimonio é uma excelente oportunidade para o autodesenvolvimento das pessoas que buscam a Verdade.

Também analisamos que constitui um adultério: a) quando as pessoas se apaixonam demasiado por buscar o prazer em detrimento de cumprir seus deveres ante Deus e outras pessoas e b) quando nas relações sexuais participam pessoas e níveis muito diferentes de avanço espiritual, pessoas que devem estudar na Escola de Deus sob programas diferentes, e não sob os mesmos.

Agora devemos examinar que é um matrimônio.

Existe o registro estatal das relações matrimoniais. Esta fixa juridicamente tudo aquilo relacionado com a propriedade dos esposos e com os direitos dos eventuais filhos. Tal regulação social do matrimonio é completamente justa para a maioria das pessoas cheias de cobiça e prestes a cumprir suas obrigações com os demais só a força da lei.

Existem também os “matrimônios religiosos”. Algumas igrejas se arrogam o direito a dar ou não permissão para as relações sexuais, supostamente, em nome de Deus. Com que fim? Com o fim de manter seu “rebanho” sumido no temor e a obediência.

Contudo, Deus considera como marido e esposa aquelas pessoas que formaram uma união espiritual estável, sendo as relações sexuais um componente desta união. Deus deseja manejar estes assuntos das pessoas pessoalmente: a quem unir e com quem, quando fazê-lo, e a quem separar. Ele não faz muito facilmente, por exemplo, regulando as emoções que tem os companheiros um para com o outro.

As formas profanadas das relações matrimoniais podem se manifestar não somente nos dois tipos de adultério considerados anteriormente, mas também nas qualidades abomináveis de um ou de ambos conjugues, tais como o egoísmo, a crueldade, a arrogância, a violência nas relações sexuais, a tendência a ofender e insultar ao outro, etc.


61. Entre os espíritos impuros há os masculinos e femininos. Os masculinos esforçam-se por unir-se com as almas que habitam nos corpos femininos, e os femininos, com as almas que habitam nos corpos masculinos e que vivem solitariamente.

Nada pode escapar destes espíritos quando eles se apoderam de uma alma encarnada, a menos que juntem dentro de si o poder do varão e da mulher, isto é, em um matrimonio. Assim este poder se recebe em um matrimonio, o qual é um protótipo simbólico da União na Câmara Nupcial.

Quando as mulheres primitivas veem a um varão sentado sozinho, se lançam sobre ele, flertando com ele e o profanam. Assim mesmo os varões primitivos, ao avistar a uma mulher bonita e solitária, a molestam, a violam e a profanam.

Ainda assim, tais pessoas vem a um marido e uma esposa juntos, não se aproximam.

Da mesma maneira, se uma pessoa (como uma consciência) se une com um anjo, então nenhum espírito impuro se atreve a se aproximar de tal varão ou mulher.

Quem saiu do mundo, já não pode ser atrapalhado (por este), como aquele que (ainda) permanece no mundo. Esta pessoa se contra por cima da paixão (…) e do medo. É agora o amo de sua própria natureza e está por cima dos desejos terrenos.

(…) AS vezes sucede que encontram a uma pessoa solitária, a agarram e a torturam (…) E como esta pessoa pode escapar de sendo dominada por seus próprios desejos e o medo esconder-se deles (…)

Com frequência vem alguns e dizem: “Nós somos crentes!” para libertar-se dos espíritos impuros e demônios. Mas sem eles houvessem tido o Espírito Santo, nenhum espírito impuro lhes haveria aderido.


Neste fragmento, escrito na forma de parábola- alegoria, peculiar também de Jesus, Felipe leva ao leitor a ideia da União na Câmara Nupcial entre o praticante (como uma consciência) e Deus Pai. Isto se parece ao que sucede em um matrimonio harmonioso entre as pessoas. Tal União proporciona a proteção completa dos espíritos impuros.

Nas etapas mais adiantadas do Caminho até Deus Pai, um praticante obtém tal proteção através da união real da consciência com o Espírito Santo ou, simplesmente, com um espirito-anjo puro.


62. Não temas a carne, nem a ames.

Se a temes, se fará teu amo.

Se a amas, te devorará e te subjugará.


Cada um pode resolver estre problema radicalmente só através de dirigir sua atenção até a Meta Mais Alta: Deus Pai.


63. Ou viver no mundo material ou ressuscitar nos eons mais altos! Mas que não ocorra que me encontra afora!

Neste mundo, há o bom e o mau.

Por outro lado, o que é considerado aqui como bom, de fato, não é bom. E o que é considerado como mau, de fato, não é mau.

Na realidade, o mal existe fora do mundo da matéria! É o que está fora. Ali está a perdição.

Enquanto estamos neste mundo, devemos obter a Ressurreição para que, uma vez que despimos da carne, nos encontremos na Tranquilidade e não vaguemos afora.

Ainda assim, muitos se desviam do Caminho.

É bom sair deste mundo sem cometer pecados!


64. Há pessoas que nem desejam nem podem trabalhar (sobre si mesmas)

Outros, ainda que o desejam e podem, não o fazem. Por isso não tem nenhum beneficio de tal desejo. Este só os converte em pecadores.

Em troca, se podem, mas não desejam receberão o seu de acordo com a justiça, tanto pela carência do desejo como pela carência das ações.


65. O texto original está danificado neste lugar.


66. O começo deste fragmento está danificado no texto original.


(…) Não estou falando de um fogo que não tem nenhuma manifestação (é dizer, de um fogo simbólico, mítico), mas de um real, Que é branco, Que derrama uma Luz bela e Que traz a Verdade.


Aqui se trata de uma manifestação de Deus em forma do Fogo Divino. É bastante real, mas pode se ver só com os olhos da consciência desenvolvida, e não com os olhos corporais.


67. A Verdade não vem ao mundo na forma pura, mas em símbolos e imagens. É impossível transmiti-la de outra maneira.

Assim, existe o nascimento nos eons mais altos) e sua imagem simbólica (o nascimento terreno) e um deve reconstituir a Verdade através desta imagem.

O como é a Ressurreição na realidade?

Desta maneira, imagem traz imagem, o homem ressuscita.

Assim é com a Câmara Nupcial: imagem traz, e chega a Verdade que é a União.

Não digo isto àqueles que estão simplesmente interessados nas palavras “ o Pai, o Filho e o Espírito Santo”, mas para aqueles que Os encontram verdadeiramente para si mesmos.

Pelo contrario, se alguém não Os encontra assim, então incluindo estas palavras lhe serão quitadas.

Se Os pode encontrar verdadeiramente só com a bendição de Deus, realizando em toda sua plenitude o poder da Cruz, o qual os apóstolos chamaram “o Direito e o Esquerdo”. Quem conheceu isto, já não é um cristão, mas um Cristo.


Não é sempre possível encontrar palavras apropriadas, usuais no mundo material, para falar todas as Realidade dos eons mais altos, Por isso, nestes casos, não há nenhuma outra maneira de fazê-lo que usando símbolos e as imagens. Estes símbolos e imagens são bastante entendíveis para aqueles praticantes que se desenvolveram até tal grau que possam realiza-los meditativamente.

No ultimo parágrafo Felipe descreve – outra vez em símbolos e imagens – uma das meditações mais altas que se faz nos eons superiores. Quem aprendeu a fazê-la, pronto se converte no Cristo.


68. O Senhor tem tudo o importante na forma oculta desta mulher: o batismo, a bendição, a transfiguração, a purificação e a Câmara Nupcial.


Como já vimos no fragmento anterior, As formas rituais exteriores e as descrições exteriores não tem nada em comum com a verdadeira realização das coisas mencionadas neste fragmento.


69. O Senhor disse: “eu vim para levar o baixo ao Mais Alto e o exterior ao interior, e uni-los ALI”.

Ele falava Daquele lugar em símbolos e imagens.

Os que dizem que Deus se encontra acima estão errados. Pois sobre Aquele Que está nAquele lugar, se pode dizer que Ele se estende abaixo. Ao mesmo tempo, Ele, a Quem Lhe pertence também todo o oculto deste mundo,

De fato, é simplesmente palavreado: “o interior e o exterior, o exterior do interior…”.

Além do mais, o Senhor chamou ao lugar da destruição “a escuridão exterior”, e o mundo inteiro está rodeado por esta.

Ele também disse: “Meu Pai Que está no oculto”.

Além disso, disso: “Entra em tua habitação, fecha a porta de trás de ti, e dirija-te a teu Pai Que está no oculto”, é dizer, Àquele Que está na profundidade debaixo de tudo.

Contudo, Aquele Que está na profundidade debaixo de tudo é a Consciência Primordial. Mais além dEla, não há nada que se encontre mais profundo.

Ao mesmo tempo, sobre Ela dizem: “Está por cima de todos”.


Deus Pai é a Consciência Primordial Que existe no universo inteiro. Ele está acima, abaixo e por todos os lados e também diretamente debaixo de cada objeto do mundo material, incluindo o corpo de cada um de nós.

Não obstante, Ele se encontra na profundidade debaixo de tudo isto no eon mais profundo, no eon primordial.

Por isso é possível conhecê-lo na profundidade do próprio coração espiritual, desenvolvido até o tamanho galáctico, e não acima, até onde as pessoas, habitualmente, levantam suas mãos e olhos.

Ao haver conhecido a entrada em Seu eon, um poderá passar, permanecendo neste eon, a qualquer ponto do espaço, incluindo debaixo do próprio corpo.

Nos últimos dois últimos parágrafos deste fragmento, há um “jogo de palavras” típico do Evangelho. Seu significado é: Que está debaixo de todo reina sobre tudo.


70. Antes do Cristo muitos saiam (deste mundo) e não podiam regressar (imediatamente) ao lugar de onde saíram. Tampouco podiam sair (imediatamente) do lugar de onde chegaram.

Ainda assim, veio o Cristo, e agora aqueles que entraram podem sair, e aqueles que saíram pode regressar.


O Cristo aproximou a Seus discípulos à Perfeição, de modo que desde então eles podiam deixar o mundo da matéria durante as meditações, visitar os eons mais altos e regressar ao mundo da matéria.

E mais, alguns deles, apedrejados até a morte por suas prédicas, depois regressaram a seus corpos e continuaram trabalhando nestes.

Jesus e os Apóstolos também ressuscitavam aos “mortos” voltando-os a seus corpos terrenos.


71. Quando Eva estava em Adão, não havia morte. Não obstante, quando ela se separou dele, apareceu a morte. Se ela entra de novo nele e ele a aceita, não haverá morte outra vez.


Novamente, é um “jogo de palavras” engraçado, esta vez com um grande significado. O assunto é que Adão e Eva não são os nomes dos primeiros humanos, o que o antigo conto judeu contraditório, incluindo a Bíblia afirma. Adão significa simplesmente homem (no sentido do ser humano desta palavra) e Eva significa vida.

Quanto a vida, é dizer, a alma, deixa o corpo do homem, ocorre a morte clínica, mas ela também pode regressar ao corpo.


72. Estando na cruz, Ele disse: “Deus Meu, Deus Meu, por que, ó Senhor, Me desamparaste.

Logo Ele separou daquele lugar O Que era Divino.

O Senhor ressuscitou dentre os mortos 9em um corpo. Ele apareceu tal qual era antes, mas agora Seu corpo era perfeito, ainda que era carne. Mas esta carne era do Primordial.

Nossa carne não é do Primordial; somente possuímos semelhante a esta.


Jesus materializou para Si um novo corpo que era um concentrado de Energia Divina pura, a distinção de Seu corpo anterior nascido de Maria.


73. A Câmara Nupcial não é para o s animais, nem para os varões-escravos (de suas paixões), nem para as mulheres levadas pela paixão.

Esta Câmara é para os varões que alcançaram a Liberdade e para as mulheres puras.


O nascimento no eon de Deus Pai, o crescimento ali e a União com Deus constituem a culminação da evolução individual da alma. Somente o ser humano pode alcançar isto a condição de que se haja desenvolvido intelectual, ética e psiconergéticamente, o que implica, entre outras coisas, que se liberou das paixões terrenas e apegos e obteve a pureza e a sutileza Divina da consciência.


74. Graças ao Espírito Santo, fomos gerados na Terra, mas nascemos de novo graças ao Cristo.

Fomos batizados no Espirito Santo.

E depois de nascer nEle, nos unimos com Ele.


O Espírito Santo, Quem é o Administrador dos destinos das pessoas, administra, entre outras coisas, sua encarnação nos corpos terrenos.

Logo neste fragmento trata-se dos escalões do conhecimento do Divino.

O primeiro é o batismo, o qual se recebe quando, durante uma meditação pertinente, o praticante espiritual entra (ou lhe ajudam a entrar) no eon apropriado e experimenta pela primeira vez a Consciência Que habita ali.

Depois ele, ou ela deve aprender a entrar neste eon através de seus próprios esforços e a permanecer ali. Isto se chama nascer no eon.

Logo de nascer e amadurecer ali- outra vez mediante os métodos meditativos especiais – o praticante alcança a União com a Consciência deste eon.


75. Nada pode se ver em um fluxo nem num espelho sem luz.

E vice e versa: não pode te ver na Luz sem o Fluxo e sem o espelho.

Por isso há que batizar-se tanto na Luz como no fluxo.

Na luz recebemos a benção.


Neste fragmento, os dois pontos merecem ser comentados.

O primeiro ponto é o significado alegórico da palavra “espelho”. Este é a auto análise (olhar para si mesmo), o qual se faz para descobrir as imperfeições (com o propósito de desenvolvê-las).

O segundo ponto é a palavra “benção”. Esta tem dois significados: a) a benção para alguma ação (o análogo é “dar a aprovação) e b)a transmissão de energia positiva a outra pessoa. A benção completa de um Mestre inclui ambos componentes.

Na prática, na Luz podemos receber o êxtase mais alto, a benção junto com as instruções para a ajuda espiritual a outras pessoas encarnadas e a benção junto com os conselhos particulares sobre como entrar no eon de Deus Pai.


76. Havia três edifícios em Jerusalém para os sacrifícios. O primeiro estava aberto ao oeste e o chamavam “sagrado”. O segundo estava aberto ao sul e o chamavam o “sagrado do sagrado”. O terceiro, a este e o chamavam o “o sagrados dos sagrados”. Era o lugar de onde o sacerdote entrava só.

O batismo é o “sagrado”.

A redenção dos demais (através do próprio serviço sacrificial) é o “sagrado do Sagrado”

E o “Sagrado dos Sagrados” é a Câmara Nupcial.


O texto original está danificado no meio deste fragmento


(…) E que é uma câmara nupcial senão uma imagem simbólica da Câmara Nupcial? Mas a última é superior a todo o impuro.

Seu velo se rasga de cima abaixo. Dali resulta que é p convite a entrar para os escolhidos.

O último parágrafo indica o caráter simbólico do fato de que é o véu (a cortina) do templo de Jerusalém se rasgou de cima abaixo no momento da morte de Jesus na cruz.

O escalão mais importante antes de entrar na Câmara Nupcial é o serviço sacrificial a Deus através do serviço espiritual às pessoas.


77. Os espíritos impuros não veem e não podem capturar Àqueles Que se vestiram com a Luz Perfeita.

Que este vestir-se com a Luz seja a União secreta.


Destas recomendações se desprende que a primeira tarefa de um praticante espiritual é nascer no eon da Luz.

A segunda a amadurecer ali se transformando em uma consciência suficientemente grande e capaz de atuar.

E a terceira é unir-se com a Consciência deste eon.

De fato, os espíritos impuros não vem Aqueles Que se vestiram com a Luz sempre e quando estas Pessoas permaneçam no eon da Luz.


78. Se a mulher não se houvesse separado do varão, ela não haveria morrido junto com ele. A separação dele foi o principio da morte.

Por isso o Cristo veio para corrigir aquela separação que havia começado naquele então, para unir aos dois e para dar a Vida Verdadeira, através de sua união, àqueles que morreram na separação.


Felipe volta a interpretar graciosamente o conto bíblico sobre Adão e Eva. A explicação se dará no próximo fragmento.


79. Então, que a mulher se una com seu marido na Câmara Nupcial. Pois Aqueles
Que se uniram ali, já não se separam mais.

Por esta razão Eva se separou de Adão. Pois ela não se unia com ele na Câmara Nupcial.

A União verdadeira e eterna dos Perfeitos tem lugar na Câmara Nupcial de Deus Pai.


80. O texto original está danificado neste lugar.


81. Na orelha do Jordão, Jesus manifestou ( a João o Batista) a Consciência Primordial do Reino dos Céus, A
Qual havia existido antes do principio de tudo. Depois ele se apresentou (a João) de novo. Depois se manifestou como o Filho (do Pai Celestial). Depois foi bendito (por Deus Pai para que realizara o serviço entre os judeus). Depois foi levado (deste mundo) pelo Pai. Depois Ele começou a levar (a Deus Pai).


82. Já que me é permitido revelar este mistério, digo: o Pai de todos se uniu (na Câmara Nupcial) com a Noiva, quem depois descendeu (até Jesus crucificado), e a Luz Lhe iluminou então. E ele (deixando aquele lugar) foi a Grande “Câmara Nupcial”. Por esse Seu corpo que apareceu nos próximos dias havia saído desta “Câmara”. Este corpo era similar ao que surge da união do marido e a esposa (quer dizer, similar a um corpo normalmente nascido). Jesus fez neste (em Seu novo corpo) todo o similar à imagem (de um corpo normal).

É necessário que cada discípulo entre na Câmara do Pai.


83. Adão proveio das duas virgens: do Espirito (Santo) e da Terra inabitada.

Por isso o Cristo nasceu (só) de uma virgem, para retificar o erro que ocorreu ao principio.


É uma ironia, nada mais.


84. Há duas árvores no meio do paraíso. De um provém os animais, do outro, as pessoas. Adão comeu da árvore do qual provém os animais. O mesmo se converteu em um animal e logo gerou animais.

Por isso, na atualidade, os animais como Adão gozam de muita estima.

Então, a arvore da qual Adão comeu um fruto é a árvore dos animais. Por isso seus filos chegaram a ser tão numerosos, e todos eles também comeram os frutos da árvore dos animais.

Como resultado os frutos da árvore dos animais geraram uma grande quantidade de pessoas- animais que agora somente veneram a uma pessoa- animal.

Em troca, Deus cria às Pessoas, (e estas) Pessoas criam a Deus.


A maior parte deste fragmento é uma ironia, esta vez uma ironia triste. Tal estado de animo de Felipe é especialmente entendível em vista do assassinato cruel do homem-Cristo pelas pessoas-animais.

Neste fragmento, o último parágrafo, que culmina a parábola, é que ele que merece ser analisado seriamente.

De Deus Pai decorrem os Homens Cristos Que aceleram a evolução das consciências individuais na Terra contribuindo deste modo ao ingresso mais rápido em Deus Pai do “Alimento” de alta qualidade ( ver os fragmentos 50 e 93)


85. As pessoas mundanas também criam “deuses” e veneram suas criações. Então, que estes “deuses” veneram a estas pessoas! Isso seria justo!


Esta vez é uma ironia para os pagãos que inventam seus próprios “deuses”. Então, que estes “deuses” inventados os cuidem!


86. Os atos do homem provém de sua força (poder). Por isso se denominam como esforços.

Contudo, o homem também gera aos filos, os que se concebem na tranquilidade.

A força do homem se manifesta em seus atos e a tranquilidade, em seus filos.

E tu encontrarás que o homem se parece a Deus nisto. Já que Deus também realiza a Seus atos (na Criação) graças a Sua Força (Poder), mas na tranquilidade é de onde ele gera a Seus Filhos.


A função sexual se desenvolve da melhor maneira sempre e quando ambos integrantes do casal experimentem uma tranquilidade profunda. Por isso Felipe diz que os filos são o resultado da tranquilidade das pessoas.

O estado de Deus Pai na Câmara Nupcial é a Tranquilidade terna e profundíssima. Seus Filhos e Filhas decorrem dEsta.


87. Neste mundo os escravos servem aos libres. Em troca, no outro mundo esses libres servirão a esses escravos.

Porém, os Filhos da Câmara Nupcial servirão aos filos dos matrimônios terrenos.

Os Filhos da Câmara Nupcial tem o mesmo nome, A Tranquilidade é Seu patrimônio comum, e Eles não tem necessidade alguma.


Neste fragmento há três temas profundos conectados entre si por um “arabesco” literário comum.

Na primeira parte, se examina o tema da predeterminação do destino futuro por nossa conduta no presente. Assim, o orgulho, a arrogância, a violência, a crueldade - as manifestações aborrecíveis dos “egos” hipertrofiados de algumas pessoas – serão destruídos nelas por Deus através de por a estas pessoas na situação de ser escravos sob o poder de pessoas–animais parecidas. Se tais pessoas viciosas não querem lutar voluntariamente com seus defeitos deles usando a outras pessoas abomináveis.

Porém, Os Espíritos Santos trazem alegremente Seu amos às pessoas servindo-as.

Todos Aqueles Que se estabeleceram no eon de Deus Pai, depois de unir-se com ele, são o Pai. Eles alcançaram tudo o que é possível alcançar tudo o que é possível alcançar no universo e permanecem na Tranquilidade superior extática.


88-89. O texto original está danificado neste lugar.


90. Os Que afirmam que primeiro morreram e logo ressuscitaram se equivocam. Se eles não recebem primeiro a Ressurreição permanecendo ainda encarnados, não receberão nada deixando seus corpos.

Nestes mesmos términos podemos falar do batismo, a saber, este tem significado sempre e quando seja recebido pelas pessoas encarnadas.


Para transformar-se, um deve ter um corpo material, que é um “transformador” das energias. Estando sem um corpo material, a pessoa como Alma permanece no mesmo estado na qual se encontrava ao final de sua ultima encarnação. Tal pessoa não pode transportar-se de um eon ao outro a vontade, e nada mais pode fazê-lo por ele ou ela.


91. Sou eu, o Apóstolo Felipe, o que disse: José, o carpinteiro, plantou um jardim, porque necessitava madeira para sua carpintaria, Foi o que fez uma cruz nas arvores que plantou. E o Filho de seu sêmen foi suspenso no que ele havia plantado.

O filho de seu sêmen era Jesus e o que foi plantado era a cruz.


José se preocupava somente pelo material e recebeu de Deus uma terrível indireta simbólica.


92. Contudo, a verdadeira árvore da vida, esta no meio do paraíso. É uma oliveira da qual vem as bênçãos.

Desta árvore vem a Ressurreição também.


Continua-se a ideia do fragmento anterior, a saber, José não deveria haver cuidado das árvores materiais (ou somente destes), mas da “árvore paradisíaca da vida”, o qual cresce fora deste mundo. Em tal caso, ele poderia haver alcançado a Ressurreição.


93. Este mundo é um absorvedor de cadáveres, e tudo o que se come aqui (pelas pessoas) é também desdenhável.

Por outro lado, a Verdade é um Absorvedor de vidas. Por isso nada que foi alimentado pela Verdade pode morrer.

Jesus veio deste lugar e trouxe de lá o alimento. Assim ele deu a (Verdadeira) Vida a aqueles que o desejaram e essas pessoas não morreram.


Quase todas as pessoas “deste mundo” consideram o prazer da comida como o principal de suas vidas. Incluindo as trocas mínimas em seus hábitos gustativos resultam superiores as forças da maioria daqueles que se autodenominam cristãos, a pesar das recomendações diretas de Jesus o Cristo de não matar animais para comida, Contudo, a nutrição deste tipo (com os corpos dos animais) excluí – sequer devido as leis bioenergéticas, por não falar das éticas – a possibilidade de entrar não somente na Câmara Nupcial, mas também na Luz do Espírito Santo.

Não há nenhuma duvida de que é necessário para nós alimentarmos com a comida material, com a particularidade de que esta deve ser de pleno valor nutritivo. Pois do contrario não poderemos alcançar nada em nosso auto aperfeiçoamento espiritual. Ainda assim, a nutrição com a comida material não deve se opor à nutrição com a comida “da Verdade”.


94. O principio deste fragmento está danificado no texto original.


(…) O paraíso é esse lugar de onde me disseram: “Coma isto ou não comas isto, segundo como tu desejes.” É o lugar de onde u comerei tudo, porque ali está a arvore do conhecimento. Esta arvore destruiu a Adão. Contudo, também fez que o homem vivesse ativamente.

A Lei (da Bíblia judia) era aquela arvore. Essa Lei pode inculcar o que é bom e o que é mau, mas não separa ao homem do que é mau nem lhe fortalece no que é bom. Essa Lei criou a morte para aqueles que comeram desta. Pois quando ordenou: “ Come isto e não comas aquilo!” foi o inicio da morte.


Nesta parábola Felipe interpreta o conto bíblico sobre o paraíso.

O Deus-Mestre ensina às pessoas o que é bom e o que é mau. E mais, depois de lhes explicar os princípios do avanço até a Meta Mais Alta, Ele lhes concede o libre arbítrio, a liberdade de escolher aonde ir e como ir.

As pessoas devem ir por si mesmas, buscando e encontrando a via correta e se desenvolvendo através disto. Deus somente sugere o Caminho, em segredo ou explicitamente, a vocês brincando. Não obstante, por regra geral, o andarilho é quem toma as decisões respectivas.

Isto lhe da a experiência, a maturidade e a sabedoria. Havendo obtido a ultima, um poderá vender todas as dificuldade e chegar a ser Perfeito através de semelhante luta. Somente a tal pessoa Deus Pai lhe abrirá a porta de Sua Câmara Nupcial.


95. A benção é superior ao batismo, porque graças à benção fomos chamados cristãos, não graças ao batismo.

O Cristo também foi chamado assim graças à benção. Já que o Pai abençoou o Filho, e o Filho abençoou os Apóstolos, e os Apóstolos abençoaram aos demais.

Quem está abençoado receberá a Ressurreição, a Luz, a Cruz e o Espírito Santo.

A Ele (o Cristo) o Pai Lhe disse esta (benção) na Câmara Nupcial; Ele a recebeu.


96. O Pai estava no Filho e o Filho, no Pai. Assim são as coisas no Reino dos Céus.


A segunda oração é graciosa e não proporciona nenhuma informação significante, mas que somente estimula ao leitor para que resolva em segredo da primeira frase.

Na primeira oração, descreve-se o estado de interação entre a Consciência do Filho e a Consciência do Pai, a saber, estão dissolutas a Uma na Outra, em União e Consubstancialidade.


97-98. O fragmento 97 está danificado no texto original. O fragmento 98 continua a ideia que começa no fragmento 97, por isso tampouco pode ser decifrado.


99. Este mundo apareceu (provavelmente) devido a um erro, posto que em o criava o quis criar firme e imortal, mas (parece que) morreu sem alcançar seu propósito. Pois não se fez indestrutível o mundo nem aquele que o criou.

Já que não existe a indestrutibilidade dos frutos das ações materiais, mas que somente existe (a indestrutibilidade dos frutos das ações) dos Filhos e as Filhas. E não há nada que possa alcançar a Indestrutibilidade, exceto um Filho ou uma Filha.

Por outro lado, aquele que nem sequer pode acumular sua própria força, enquanto menos poderá ajudar ao outro!


A primeira parte deste fragmento não é nada mais que uma brincadeira, um jogo de palavras que constitui o “nu” artístico da parábola.

Logo se explica que os únicos frutos valiosos de todas as ações na Criação são os Filhos e as Filhas do Pai Celestial, os Que obtiveram a Indestrutibilidade absoluta e a Eternidade e hão entrado em Sua Câmara Nupcial.

Ao final do fragmento, se apresenta a ideia de que uma pessoa encarnada deve primeiro ajudar-se a si mesma através dos próprios esforços no autodesenvolvimento antes de irritar por ajudar aos demais. Pois aquele que não sabe fazer nada ainda, com o que pode ajudar aos demais?


100. O cálice da oração contém o vinho e a agua, servindo como um símbolo do sangue, sobre a qual a ação de graças se realiza. Esse cálice se enche do Espírito Santo e pertence ao Homem Perfeito (ao Cristo).

Quando o bebemos, nos converteremos em Homens Perfeitos.


Porém, beber o Cálice do Cristo não significa comungar na igreja, mesmo que milhares de vezes.

Beber o Cálice do Cristo significa percorrer todo Seu Caminho até a Câmara Nupcial e também passar por Seu Calvário.


101. O Fluxo Vivente é como o Corpo (do Espírito Santo. É necessário que nos visitamos com o Corpo Vivente. Por isso se alguém vá e se submerge com o Fluxo, deve desnudar-se para vestir-se com Este.


O Corpo do Espírito Santo é uma imagem que contribui a uma melhor percepção meditativa de Sua integridade. O Espírito Santo é realmente Vivo, Perceptivo e Amoroso. Ele nos guia e pode falar conosco.

Para experimentar o Corpo do Espírito Santo, é necessário “desnudar-se”, quer dizer, libertar-se de todas as envolturas e capas que são mais densas que Ele. Assim nos encontramos com Ele no mesmo eon e recebemos ali o batismo, o nascimento e as bênçãos.


102. Um cavalo gera a um cavalo, um humano gera a um humano, Deus gera a Deus.

O resto do fragmento está danificado no texto original.


103-104. Falarei sobre o lugar aonde permanecem os Filhos da Câmara Nupcial.

Neste mundo existe a união entre o varão e a mulher. É a união da energia e da tranquilidade,

No eon supremo existe outro tipo de união; simplesmente usamos as mesmas palavras. Naquele eon moram outras Consciências. Elas são superiores a todas as palavras e estão mais além de todo o grosseiro e denso. Este é o lugar aonde permanece o Poder (quer dizer, o Pai). Ali mesmo estão os Escolhidos do Poder.

Os Que estão ali não são os uns e os outros. Ali Todos são Um.

Por outro lado, aquele que esta aqui, nem sequer pode sair de seu corpo carnal.


Felipe explica o simbolismo do texto: na Câmara Nupcial de Deus Pai, não praticam o sexo, como o fazem as pessoas encarnadas. Porém, ali também se unem em Amor e existem como Um Só.


105. Nem todos aqueles que possuem um corpo conseguem conhecer sua Essência. E quem não pode conhecer sua Essência não pode usar as possibilidades dadas a esta pessoa para seu deleite.

Somente os que conheceram sua Essência se deleitaram em verdade.


Para conhecer o deleite superior, requer-se fazer grandes esforços no auto aperfeiçoamento. Somente aquele que progrediu no conhecimento de Deus Pai obtém tal deleite.

O conhecimento da própria Essência é a realização de um mesmo, como uma consciência, na Morada de Deus Pai, Ele é nosso Eu Superior, O Qual se conhece quando entramos nEle.


106. O Homem Perfeito não somente não pode ser capturado (pelos espíritos impuros), mas que tampouco pode ser visto por estes. Pois eles podem capturar somente a os que veem.

Não há outra maneira de adquirir este bem que não seja vestir-se com a Luz Perfeita e converter-se na Luz. Depois de se vestir com esta Luz, o homem se une com Ela.

Assim é a Luz Perfeita.


Não há que buscar a salvação dos espíritos impuros na “magia de proteção”, nem nos maldizer, nem nos métodos de “proteção bioenergética”, nem tampouco nos conjuros dos bruxos. A salvação dos espíritos impuros se alcança através da União com Deus.


107. É necessário que nos convertamos em pessoas do Espírito antes de sairmos deste mundo (quer dizer, antes de desencarnarmos)

Quem recebeu tudo neste mundo sendo seu amo, não poderá converter-se em um amo no outro mundo.

Jesus foi Quem conheceu todo o Caminho até seu fim. Ainda assim, Ele veio a este mundo como uma pessoa simples (quer dizer, não se comportava com um “amo”).


108. Uma Pessoa santa é completamente santa, inclusive Seu corpo. SE um Lhe dão pão, o consagrará, assim como a agua ou qualquer outra coisa que lhe foi dada.

Tal Pessoa o purifica todo. E como não poderia purificar o próprio corpo?


Uma Pessoa verdadeiramente santa se converte em um sanador natural.


109. Durante o batismo Jesus “vazava” a vida nos corpos e os “esvaziava” da morte.

Por isso agora nos submergimos no Fluxo (da Vida), e no (o fluxo )da morte, para que nós sejamos levados por ele aos espíritos deste mundo. Quando eles sopram, vem a desolação; em troca, quando o Espírito Santo sopra, vem o êxtase.


110. Quem conheceu a Verdade é livre. Aquele que é livre não comete pecado, porque quem peca se converte em escravo do pecado (quer dizer, em primeiro lugar, agrava seu próprio destino).

O verdadeiro conhecimento é como a mãe e o pai (quer dizer, como os educadores, conselheiros e guardiões sábios de uma criança)

Sobre aqueles que não são capazes de cometer um pecado se diz que alcançou a liberdade. O conhecimento da Verdade os eleva ainda mais. Isto os faz livres e elevados sobre este mundo.

Não obstante, só o amor cria, e quem chegou a ser livre a causa do conhecimento, a causa de seu Amor permanece escravo daqueles que não puderam ascender ainda até a Liberdade. O conhecimento que esta pessoa lhes traz os desenvolve, porque os chama à Liberdade.

O amor não toma nada. Pois como pode tomar algo quando tudo lhe pertence? O amor nos diz: “Este é meu e este é meu também”, mas que: “Isto é teu!”


111. O amor espiritual é como o vinho e a mirra. Aqueles que receberam para isto a benção (de Deus) o desfrutam.

Contudo, aqueles que não foram abençoados também o desfrutam enquanto estão com os abençoados, Mas se os abençoados se separam e se encaminham, aqueles que não foram abençoados se afundam de novo em seu fedor.

O samaritano não deu nada ao homem ferido além de vinho e óleo. Isto não era nenhuma outra coisa maior que a benção. Assim ele sarou suas feridas.

O amor cobre uma multidão de pecados.


Não faz sentido comentar este fragmento brevemente, porque seu significado pode compreender-se somente por aquele que tem a experiência pessoal de amor-serviço a muitas pessoas diferentes.


112. Os nascidos de uma mulher se parecem com o varão que ela amava. Se for seu marido, se parecem com o marido. Se for seu amante, se parecem com o amante. Se ela frequentemente se une ao marido forçosamente, mas seu coração está com seu amante, com quem ela também se une, então seus filhos se parecem ao amante.

Mas vocês, unidos com o Filho de Deus, não se unam também com o mundano! Mas bem, estejam só com o Senhor para que aqueles que serão gerados por vocês não sejam similares aos mundanos, mas ao Senhor!


113. Um varão se une com sua mulher; um cavalo, com uma égua; um asno, com uma asna. Os representantes de cada espécie se unem com seus similares.

Da mesma maneira, o Espírito se une com o Espirito; o Logos, com o Logos; a Luz, com a Luz.

Se te convertes em um humano, um humano te amará. Se te convertes no Espírito, o Espírito se unirá contigo. Se te convertes no Logos, te unirás com o Logos. Se te convertes na Luz, a Luz se unirá contigo.

Se te convertes naquele que pertence aos governantes terrenos, os governantes terrenos encontram paz contigo. Se te convertes em um cavalo, ou um asno, ou uma vaca, ou um cachorro, ou uma ovelha, ou qualquer outro animal, seja menor ou maior, não poderá encontrar reciprocidade nem com o humano, nem com o Espirito, nem com o Logos, nem com a Luz, nem com os governantes terrenos, nem com aqueles que estão sob seu poder. Eles não se meterão na cama contigo, e teu amor não encontrará a compaixão neles.


114. Quem era um escravo contra sua vontade pode conseguir a liberdade.

Por outro lado, a quem lhe foi proposta a liberdade pela misericórdia de seu senhor, mas que, a pesar disto, de novo se entregou à escravidão, não poderá chegar a ser livre nunca mais.


O Cristo mostrou às pessoas o Caminho até a Libertação completa na Morada de Deus Pai. Não obstante, só uns poucos aceitaram esta proposição. Isto não é mais que a triste eleição dos demais.


115. A economia deste mundo consiste de quatro elementos: a água, a terra, o ar e a luz.

Assim mesmo, a economia de Deus consiste de quatro elementos: a fé, a aspiração, o amor e o conhecimento.

Nossa “terra” é a fé na qual nos temos arraigado; a “água” é a aspiração que nos leva. O “ar” é o amor graças ao qual vivemos; e a “luz” é o conhecimento que nos permite amadurecer.


116. O principio deste fragmento está danificado no texto original.


(…) Bem aventurado aquele que não entristeceu a nenhum ser.

Assim era Jesus o Cristo. Ele saudou a todos neste mundo e não era uma carga para nada. Bem aventurado aquele que é assim! Pois tal pessoa é uma pessoa perfeita!

Pois assim é o Logos.


117. Perguntemos por Ele! Já que não podemos censurar nada! Como podemos censurar a este Grande Que presenteava a Tranquilidade (da Câmara Nupcial) a cada um (de nós)?


Prestemos atenção ao fato de que os Grandes doam a tranquilidade. Pelo contrario, as pessoas opostas, pessoas demoníacas e diabólicas, trazem a inimizade, o ódio, o caos, a violência, a devastação e o sofrimento.


118. Em primeiro lugar, um não deve afligir a nada: nem o grande, nem o pequeno, nem o incrédulo, nem o crente. Depois ofereçam a tranquilidade aos que vivem na paz e no bem.

Existem Aqueles Que são capazes de dar tranquilidade aos que vivem no bem.

As pessoas simplesmente boas não podem fazer isto, já que não são libres ainda.

Aqueles Que são capazes de dar a Tranquilidade tampouco podem afligir ou causar sofrimento (injustificado).

Por outro lado, os que ainda estão no caminho de chegar a ser como Eles as vezes afligem aos demais.

Quem aprendeu os segredos da Existência traz a alegria às pessoas do bem!

Por outra parte, há alguns que se afligem e se enfadam por isso.


119. O dono da fazenda adquiriu tudo: os filhos, os escravos, o gado, os cachorros, os porcos, o trigo, a cevada, a palha, a erva, a comida dos cachorros, a melhor comida e as bolotas. É uma pessoa razoável e sabe qual alimento é para cada um. Assim, ante as crianças, o dono põe o pão, o azeite de oliva e o melhor, ante os escravos, o azeite de rícino e o trigo; ao gado dá a cevada, a palha e a erva; aos cachorros os restos; e aos porcos, as bolotas e o farelo.

Assim mesmo atua o discípulo de Deus. Se o sábio, compreende a aprendizagem. As formas corporais não lhes enganaram, mas que observará o estado da alma de cada um quando fale com esta pessoa.

Há muito animais neste mundo que tem aparência humana externa. Quando os reconheça, aos “porcos” os lançará “bolotas”; ao outro “gado”, “cevada”, “palha” e “erva”; aos “cachorros”, “restos”; aos “escravos” lhes dará “brotos”; e as “crianças”, o perfeito.


Usando as imagens dos animais, Felipe fala da psicotipificação das pessoas segundo sua idade psicoenergética e as qualidades adquiridas no processo da evolução pessoal Para cada grupo se necessita a “comida” adequada.


120. Existem o Filho do Homem (o Cristo) e o Filho do Filho do Homem. O Senhor é o Filho do Homem, e o Filho do Filho do Homem é Quem foi criado pelo Filho do Homem. O Filho do Homem obteve de Deus a faculdade de criar, mas Ele também pode gerar.


A explicação se dará depois do seguinte fragmento.


121. Quem obteve a possibilidade de criar (uma obra terrena), (a) cria. Quem já obteve a possibilidade de gerar (aos filhos), (os) gera. Quem cria (uma obra terrena) não pode gerar (ao mesmo tempo.)

Porém, Aquele Que gera também pode criar, e Aquele Que cria, também gera. Seu fruto é esta Criação. Ele também gera a Seus Similares, e não aos filhos terrenos.

Quem cria (uma obra terreno) atua abertamente, sem se esconder. Pelo contrario, quem gera atua no oculta, fora da vista. Porém, seu fruto não se assemelha a Seu Fruto.

Aquele Que cria (também) o faz abertamente, e Aquele Que gera (também) gera aos Filhos e as Filhas no oculto.


Este fragmento está saturado de “jogos de palavras”. Podemos vê-lo muito claramente se voltamos a escrevê-lo sem as explicações dadas entre parênteses.

A palavra criar no segundo parágrafo significa materializar. Trata-se da “criação do mundo” por Deus Pai e da faculdade que possuem os Cristos de materializar diversos objetos, O mundo criado pelo Pai também pode chamar-se Seu fruto. O Cristo também gera a novos Filhos e Filhas e o faz de maneira oculta das pessoas deste mundo.


122. Ninguém pode saber em que dia um varão e uma mulher se uniram entre si, salvo eles, já que a tranquilidade da união conjugal é um segredo para os estranhos.

Se uma união impura se oculta, então quanto mais uma união pura é um segredo sagrado! Esta não é carnal, mas pura; não é determinada pela paixão, mas pela vontade sensata; não pertence a escuridão nem à noite, mas sim a odeia e a luz.

Uma união (sexual) que se expõe se converte em libertinagem. E a esposa é considerada libertina não somente se se une com outro varão, mas também quando sequer se levanta de seu leito nupcial e outros a vem fazendo-o.

Que ela se comunique de perto somente com seus país, os amigos do marido e os filhos de sua câmara nupcial; eles podem entrar em sua câmara nupcial todos os dias. Por outro lado, os demais, que somente sonhem ouvir sua voz ali e desfrutar da fragrância de seus perfumes! Que se satisfaçam, como os cachorros, com as migalhas que caem da mesa.

Os Esposos e as Esposas (de Deus) pertencem a Câmara Nupcial. Ninguém pode vê-los, a menos que chegue a ser como Eles.

Ninguém, salvo o Pai, pode ver e conhecer a Grandeza dAqueles Que alcançaram a Câmara Nupcial, a menos que esta pessoa alcance o mesmo nível de desenvolvimento.


123. O começo deste fragmento está danificado neste texto original.


(…) Abraão, para compreender Àquele a Quem devia compreender, realizou a circuncisão mostrando com isto (simbolicamente) que devemos destruir o carnal em nós, o que é desde mundo.


Logo o texto original está danificado em parte.


(…) Enquanto as vísceras do homem estejam ocultas, o corpo está vivo. Pelo contrario, se as vísceras se expões e se caem para fora, o corpo morre.

O mesmo sucede com uma árvore: enquanto suas raízes estão ocultas, a árvore floresce e cresce, mas se suas raízes se expõem, a árvore se seca.

E o mesmo com qualquer fenómeno no mundo, e não somente no material, mas também no oculto. Assim, enquanto a raiz do mal está oculta, o mal cresce e está forte. Quando o mal é conhecido, começará a florescer, mas se alguém corta sua raiz, ela perece.

Por isso o Logos disse: “Já esta colocado o machado próximo das raízes das árvores! Se este não corta até o fim, o que não foi cortado completamente voltará a se fechar. Por isso há que ficar o machado suficientemente profundo para cortar as raízes.”

Jesus destruiu aquelas raízes no lugar de onde trabalhava e também em outros lugares parcialmente.

Enquanto a todos nós, que cada um se finque nas raízes do mal que estão em seu interior e desarraigue este mal da alma!

Contudo, o mal poderá ser desarraigado sempre e quando o conheçamos. Se não sabemos sobre o mal, este continuará estendendo suas raízes em nós e se multiplicando.
então, quando se apodera de nós por completo, nos convertemos em seus escravos. Assim o mal nos escravizará cada vez mais obrigando-nos a fazer o que não queremos fazer e a não fazer o que queremos! (…) é muito poderoso enquanto não sabemos sobre ele em nós!

Enquanto o mal existe, atua. A ignorância sobre este é a base do mal em nós. A ignorância nos leva a morte. Aqueles que não saíram ainda da ignorância não existiram como verdadeiras pessoas, não existem e não existirão!

Em troca, aqueles que permanecem no conhecimento verdadeiro se enchem de Perfeição, a medida que a Verde se revela antes deles.

Pois a Verdade, assim como a ignorância, permanecendo oculta, descansa em si mesma, mas quando se revela e se conhece, floresce sendo exaltada.

Quanto mais poderosa é a Verdade que a ignorância e o erro! Ela nos dá Liberdade!

O Logos disse: “Se conhecem a Verdade, os fará libres.”

“A ignorância é a escravidão. O conhecimento é a Liberdade”.

Buscando a Verdade encontraremos suas sementes em nós mesmos.

Quando nos unimos com Ela, Ela nos receberá na Consciência Primordial.


Felipe examina o mecanismo do arrependimento e insiste na necessidade de prestar muita atenção ao trabalho intelectual.

E arrependimento é a purificação de mesmo um dos defeitos. Os dois fundamentos de todos nossos defeitos são os seguintes:

A faculdade de causar intencionalmente sofrimento a outros seres (por exemplo, simplesmente “afligindo-os”). Desta maneira manifestamos nosso egoísmo, nossos “eus” defeituosos, e também uma falta de amor desenvolvido. Com o “eu” hipertrofiado e sem amor desenvolvido não podemos realmente nos aproximar de Deus Pai.

A ausência da orientação permanente da atenção até Deus Pai, a ausência da aspiração a Ele.

Com respeito a isto, falemos sobre a fé. A fé como um simples “sim” à pergunta “Crês?” é muito pouco. A verdadeira fé é ter constante e inalteravelmente na memoria ao Deus-Mestre, Quem nos ensina todo o tempo. É especialmente importante recordar este feito nas situações extremas, as quais também constituem suas lições para cada um de nós. O praticante chega a tal nível de fé mediante o trabalho intelectual intenso e lardo, realizado na interação com o Deus–Mestre.

Só graças a tais esforços, Deus se converte para o praticante espiritual em uma Realidade Viva, deixando de ser um mero símbolo ou uma abstração à qual “há que” render culto. Assim a fé se converte no conhecimento dEle.

No nível mais alto de seu desenvolvimento, a fé se transforma – necessariamente através da etapa do conhecimento dEle-no Amor apaixonado. Só semelhante Amor pode assegurarmos uma aproximação com o Pai tal que permita entrar em Sua Morada e unir-se com Ele.

O trabalho de arrependimento não consiste em uma mera enumeração de todos nossos atos-pecados verdadeiros ou imaginários em voz alta, mas no estudo de si mesmo como alma e na autotransformação por meio da introspecção e autoeducação. Destaquemos que os “pecados” não são a coisa principal contra a qual devemos lutar. Os “pecados” não são nada mais que as manifestações das qualidades da alma chamadas defeitos (ou qualidades negativas, imperfeições, vícios). Assim que é precisamente contra os defeitos contra os que devemos lutar com a ajuda do machado mencionado por Jesus e Felipe. Tal luta pode librar eficazmente só depois de que o praticante começa a perceber Deus como um Mestre Vivo.

Como resultado de todo o trabalho de purificação e desenvolvimento de um mesmo, o praticante nasce e logo amadurece nos eons mais altos. A medida que isto sucede, todo o material, o carnal, de fato se faz menos e menos importante e logo “se corta” completamente ( a que Abraão aludiu com a circuncisão)

Então fica somente Ele.


124. Possuindo as partículas manifestadas da Criação, a tratamos como importantes e dignas de estimação e o que está oculto de nossos olhos, como inútil e digno de desprezo.

Porém, a realidade é oposta: os objetos manifestados deste mundo são inúteis e dignos de desprezo, enquanto que aqueles que se encontram no mundo oculto de nós são importantes e dignos de estimação.

Os mistérios da Verdade se revelam somente através de símbolos e imagens.

Nós nascidos nos corpos materiais na Terra nos acostumamos a olhar o mundo material que nos rodeia desde a matéria de nossos corpos.,=

Em troca, aquele que percorre o Caminho indicado por Jesus, depois de haver nascido e amadurecido nos eons mais altos, aprende a ver nestes eons e também desde estes.

Neste fragmento, Felipe compartilha conosco Suas impressões pessoais, obtidas mediante tal visão.


125. A Câmara Nupcial está oculta. É o mais sagrado.

O véu ocultava inicialmente como Deus governa a Criação. Mas quando este se rasga (para cada praticante que se aproxima) e Aquele Que esta dentro se revela, se abandona esta casa da separação (o corpo). E mais, esta casa será destruída (desmaterializada).

(…) Contudo, o Divino do praticamente não entra em seguida no Sagrado dos Sagrados, porque não pode unir-se (imediatamente) com a Luz com A Qual não se uniu ainda, nem com a Consciência Primordial, a porta À Qual ainda não se abriu (para entrar). Enquanto tanto a Consciência Primordial estará debaixo das alas da Cruz e debaixo de Seus Braços. Esta meditação será uma arca salvadora para tal praticante inclusive se um dilúvio sobrevive.

Alguns dos companheiros do Cristo depois poderiam passar detrás do véu junto com o Sumo Sacerdote (o Cristo)

O véu (do templo de Jerusalém) não se rasgou solo acima. Se houvesse sido assim, então a entrada se haveria aberto somente para os nobres (na Terra). Tampouco se rasgou solo abaixo, o que indicaria os extratos baixos (da hierarquia social), mas que se rasgou de cima abaixo.

A entrada também está aberta para nós, que estamos abaixo, para que entremos na Tesouraria da Verdade.

Ali existe Aquele Que está em muita estima, Aquele Que é Indestrutível.

Não obstante, temos praticado o Caminho que leva ali através dos símbolos depreciados e as imagens efémeras. Estes são depreciados por aqueles que gozam da gloria terrena. Porém, há Gloria muito acima da gloria e há Pode muito acima do poder.

A Perfeição nos abriu a Tesouraria da Verdade. O Sagrado dos Sagrados se abriu para nós. A Câmara Nupcial nos convidou a entrar!

(…) Enquanto tudo isto está oculto das pessoas, o mal as seguirá levando em vão, e elas não o separa o daquilo que foi semeado pelo Espírito Santo. Tais pessoas são os escravos do mal.

Não obstante, quando Aquele se aproxima a Luz Perfeita abraça a cada um (dos que entraram nEsta) e aqueles que estão nesta Luz recebem a benção. Assim os escravos se voltam livres e os prisioneiros se liberam!


126. Cada planta que foi plantada por Meu Pai Que está nos Céus será desarraigada.

Os Que estão separados, que se unam (nos eons mais altos) fazendo-se Perfeitos!

Todos Aqueles Que entram na Câmara Nupcial acenderam mais a Luz da Verdade, pois Eles não geram na escuridão como os que estão nos matrimônios terrenos! O fogo arderá na noite e se estenderá, porque os mistérios deste Matrimonio se realizam na Luz do Dia! Esta Luz do Dia nunca cessará (para Eles)!


127. Se alguém chega a ser um Filho da Câmara Nupcial, significa que também havia conhecido a Luz (do Espírito Santo) antes.

Porém, quem não A conheceu no mundo da matéria não A receberá NAQUELE lugar.

Quem conheceu a Luz (do Espírito Santo) não pode ser visto nem capturado (pelos espíritos impuros), e nenhum (deles) pode atormentar a tal Pessoa, inclusive se ele ou ela vive ainda no matéria (num corpo). Esta Pessoa já conheceu a Verdade! Sua Morada é agora o eon da Consciência Primordial e esta Consciência está aberta para tal Pessoa Perfeita na Luz do Dia Sagrado!

Bibliografía

1. Antonov V.V. — Ecopsicología. «New Atlanteans», 2012 (espanhol).

2. Antonov V.V. — Las Enseñanzas originales de Jesús el Cristo. «New Atlanteans», 2013 (espanhol).

3. Okulov A. y otros (edición) — Apócrifos de los cristianos antiguos. «Mysl», Moscow, 1989 (en ruso).

4. Trofimova M.K. — Las preguntas filosófico-históricas del gnosticismo. «Nauka», Moscow, 1979 (en ruso).

5. Zubkova A.B. — Parábolas sobre el padre Zosima. «New Atlanteans», 2013





 
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